Yaeba significa "dente duplo" em japonês. Nós, ortodontistas do mundo ocidental, trabalhamos para dar para nossos pacientes o melhor da tecnologia odontológica, dentes "retos", e um sorriso branco e alinhado.
No japão, está na moda o YAEBA, que é a característica de ter os caninos salientes, dando um "efeito vampiro" para o paciente, ou mais precisamente, um "efeito crepúsculo"... Deve ser devido ao sucesso da série Crepúsculo e do seu vampiro.
Parece que os japoneses acham as garotas com caninos salientes "mais felinas" e mais atraentes que as que possuem todos os dentes certinhos. Há inclusive celebridades japonesas com yaeba.
Inacreditável é que existe agora um consultório odontológico em Tóquio, especializado em "entortar" dentes e criar o efeito yaeba. Pode ser colado sobre os caninos um outro "canino" de resina, para que ele fique bem saliente, dando à paciente (geralmente quem procura pelo serviço são mulheres) a aparência de vampirinhas.
Baseado em: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=2138
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Saúde bucal X Diabete
Você sabia que quanto melhor a saúde bucal do diabético, melhor será o controle da glicemia?
O que é diabete?
Diabete Melito é uma síndrome metabólica devido a um problema na produção de insulina pelo organismo (pâncreas). Pode ser uma deficiência na produção ou mesmo a ausência da produção de insulina, o que causa metabolismo anormal de lipídeos (gorduras), carboidratos (arroz, p. ex) e proteínas (carne, p. ex).
O Diabete Melito é uma doença que tem aumentado (e muito) ultimamente. Isso pode ser devido ao aumento da população, com maior urbanização, facilidade para comprar produtos industrializados ( bolachas, bolos, doces), com aumento da obesidade e também sedentarismo. Hoje há facilidade para o tratamento no serviço público, o que garante maior sobrevida para os portadores de diabete.
O sistema de saúde tem então um gasto muito alto com a doença, visto ser ela crônica e necessitar de mediação contínua. os portadores de diabete apresentam um maior risco de morte prematura devido as doenças cardíacas, acidentes cerebrovasculares (AVC), e doenças vasculares periféricas. Há outras complicações como a neuropatia diabética, insuficiência renal e cegueira. Tudo isso contribui para a incapacidade e limitação ao trabalho.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Associação Americana de Diabetes (AAD) classificam a doença em 4 tipos:
a. Diabete Melito tipo 1
b. Diabete Melito tipo 2
c. Diabete Melito Gestacional (aquele que acontece na gravidez)
d. outros tipos de diabete.
a} Diabete tipo 1 - Há destruição das células do nosso organismo responsáveis pela fabricação de insulina, que ficam no pâncreas. Geralmente esse tipo de diabete é observada em crianças, adolescentes e também em alguns adultos.
b) Diabete tipo 2 - Há um defeito na secreção de insulina. A maioria desses pacientes apresenta sobrepeso e obesidade, o que geralmente causa algum grau de resistência a insulina. Também apresentam histórico familiar e/ou diabete gestacional além de serem portadores de hipertensão arterial e dislepidemia.
O diagnóstico geralmete é feito a partir dos 40 anos ( mas pode aparecer em qualquer idade). Esses indivíduos podem necessitar de insulina para haver o controle metabólico ou uma dieta adequada. Ou os dois.
Há dois testes de laboratório para se saber como anda a glicemia:
1) Testes de glicemia - aqueles testes comuns, onde se faz a retirada do sangue e há necessidade de ficar em jejum. E glicemia pós-prandial, que é o exame de glicemia 1 h após o almoço. Mostra a glicemia atual do paciente.
2) hemoglobina glicada (HbA1c ou A1c) - nesse teste podemos ver a glicemia média nos últimos 2-4 meses, ou seja, podemos ter uma ideia se estava sob controle ou não. É um instrumento de prognóstico para complicações crônicas. Os níveis de glicemia devem estar por volta de 6,5 a 7%, que seria o limite aceitável para se dizer que o diabete está controlado.
O que previne o controle de glicemia?
- doença renal crônica
- aterosclerose
- retinopatia diabética
- doença cardiovascular
- doença periodontal
Sim, isso mesmo, doença periodontal!
Pacientes com diabete melito possuem maior prevalência com muito mais severidade de doença periodontal, quando não estão fazendo corretamente o controle de glicemia.
O que é doença periodontal? Inflamação gengival, sangramento, tártaro, perda de tecido ósseo e mau hálito.
O tratamento periodontal deve ser muito bem realizado em indivíduos portadores de diabete. Deve ser feita a remoção mecânica (raspagem) supra e sub gengival do biofilme (ou placa bacteriana) e cálculo dental ( tártaro). A higiene oral deve ser devidamente explicada para que seja evitado o acúmulo de placa bacteriana que é o que causa problemas periodontais, gengivais e cárie.
Geralmente a boa higiene bucal do diabético também garante efeito benéfico no controle da glicemia.
Recentes estudos garantiram que há melhoras nas taxas de glicemia após tratamento periodontal!
Dentistas e médicos deveriam associar-se no cuidado das pessoas diabéticas.
O que é diabete?
Diabete Melito é uma síndrome metabólica devido a um problema na produção de insulina pelo organismo (pâncreas). Pode ser uma deficiência na produção ou mesmo a ausência da produção de insulina, o que causa metabolismo anormal de lipídeos (gorduras), carboidratos (arroz, p. ex) e proteínas (carne, p. ex).
O Diabete Melito é uma doença que tem aumentado (e muito) ultimamente. Isso pode ser devido ao aumento da população, com maior urbanização, facilidade para comprar produtos industrializados ( bolachas, bolos, doces), com aumento da obesidade e também sedentarismo. Hoje há facilidade para o tratamento no serviço público, o que garante maior sobrevida para os portadores de diabete.
O sistema de saúde tem então um gasto muito alto com a doença, visto ser ela crônica e necessitar de mediação contínua. os portadores de diabete apresentam um maior risco de morte prematura devido as doenças cardíacas, acidentes cerebrovasculares (AVC), e doenças vasculares periféricas. Há outras complicações como a neuropatia diabética, insuficiência renal e cegueira. Tudo isso contribui para a incapacidade e limitação ao trabalho.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Associação Americana de Diabetes (AAD) classificam a doença em 4 tipos:
a. Diabete Melito tipo 1
b. Diabete Melito tipo 2
c. Diabete Melito Gestacional (aquele que acontece na gravidez)
d. outros tipos de diabete.
a} Diabete tipo 1 - Há destruição das células do nosso organismo responsáveis pela fabricação de insulina, que ficam no pâncreas. Geralmente esse tipo de diabete é observada em crianças, adolescentes e também em alguns adultos.
b) Diabete tipo 2 - Há um defeito na secreção de insulina. A maioria desses pacientes apresenta sobrepeso e obesidade, o que geralmente causa algum grau de resistência a insulina. Também apresentam histórico familiar e/ou diabete gestacional além de serem portadores de hipertensão arterial e dislepidemia.
O diagnóstico geralmete é feito a partir dos 40 anos ( mas pode aparecer em qualquer idade). Esses indivíduos podem necessitar de insulina para haver o controle metabólico ou uma dieta adequada. Ou os dois.
Há dois testes de laboratório para se saber como anda a glicemia:
1) Testes de glicemia - aqueles testes comuns, onde se faz a retirada do sangue e há necessidade de ficar em jejum. E glicemia pós-prandial, que é o exame de glicemia 1 h após o almoço. Mostra a glicemia atual do paciente.
2) hemoglobina glicada (HbA1c ou A1c) - nesse teste podemos ver a glicemia média nos últimos 2-4 meses, ou seja, podemos ter uma ideia se estava sob controle ou não. É um instrumento de prognóstico para complicações crônicas. Os níveis de glicemia devem estar por volta de 6,5 a 7%, que seria o limite aceitável para se dizer que o diabete está controlado.
O que previne o controle de glicemia?
- doença renal crônica
- aterosclerose
- retinopatia diabética
- doença cardiovascular
- doença periodontal
Sim, isso mesmo, doença periodontal!
Pacientes com diabete melito possuem maior prevalência com muito mais severidade de doença periodontal, quando não estão fazendo corretamente o controle de glicemia.
O que é doença periodontal? Inflamação gengival, sangramento, tártaro, perda de tecido ósseo e mau hálito.
O tratamento periodontal deve ser muito bem realizado em indivíduos portadores de diabete. Deve ser feita a remoção mecânica (raspagem) supra e sub gengival do biofilme (ou placa bacteriana) e cálculo dental ( tártaro). A higiene oral deve ser devidamente explicada para que seja evitado o acúmulo de placa bacteriana que é o que causa problemas periodontais, gengivais e cárie.
Geralmente a boa higiene bucal do diabético também garante efeito benéfico no controle da glicemia.
Recentes estudos garantiram que há melhoras nas taxas de glicemia após tratamento periodontal!
Dentistas e médicos deveriam associar-se no cuidado das pessoas diabéticas.
Receita de Brigadeiro - 1
Você acha que ortodontista não come brigadeiro? Ou que quem usa aparelho não come brigadeiro? está enganado...
Vou passar aqui uma receita exótica de brigadeiro de mandioca. Aliás, existem várias maneiras de se fazer brigadeiro, essa é apenas a primeira que estou passando para vocês.
Ingredientes necessários para o Brigadeiro de Mandioca:
Prepare da seguinte maneira:
Vou passar aqui uma receita exótica de brigadeiro de mandioca. Aliás, existem várias maneiras de se fazer brigadeiro, essa é apenas a primeira que estou passando para vocês.
Ingredientes necessários para o Brigadeiro de Mandioca:
2 colheres (sopa) de margarina ou manteiga
15 colheres de sopa de açúcar cristal
1 xícara (chá) de leite em pó bem cheia
3 colheres (sopa) de Nescau ou Toddy
chocolate granulado para passar depois
1 ½ xícara de chá de mandioca bem cozida e amassada. Retirar todos os fiapinhos. Tem que ser bem coziada mesmo e bem amassadinha para o brigadeiro ficar gostoso
Prepare da seguinte maneira:
Coloque a margarina na panela, em fogo médio. Junte a mandioca cozida e
amassada e mexa bem. Acrescente o leite em pó, o açúcar e o chocolate.
Continue mexendo por cerca de oito minutos, até a massa começar a
desgrudar do fundo da panela. Espere esfriar para enrolar e passar no
chocolate granulado.
Para depois do brigadeiro:
Escova macia, pasta dental, fio dental e passa fio (se você usar aparelho ortodôntico fixo). Escove bem, com movimentos de cima para baixo e de baixo para cima. Passe o fio e faça bochechos vigorosos com água. Não se esqueça que aparelho fixo retém muita placa bacteriana e que todos os problemas começam com essa bendita placa: cárie, inflamação gengival e doença periodontal.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Engoli um bráquete!
Engoli um bráquete (pecinha) do meu aparelho fixo. E agora?
Os bráquetes (pecinhas) do aparelho fixo são bem pequenas, não possuem pontas que perfuram e muitas vezes são engolidas pelos pacientes. Principalmente por aqueles que costumam comer de tudo, alimentos que exigem grandes esforços da mastigação, e grandes quantidades de alimentos. Eventualmente um bráquete pode sair, misturar-se com os alimentos e ser deglutido.
Pode ficar tranquilo, esse braquete irá passar normalmente por seu trato digestivo e será eliminado no devido tempo.Não precisa fazer drama, isso pode acontecer com qualquer um. Há até uma comunidade do Orkut chamada "Eu engoli um bráquete".
Se engolir elásticos, pode ficar tranquilo que também sairá normalmente.
E se eu engolir uma banda (anel metálico)?
Acho meio difícil visto que o tamanho da banda por sí só será identificado ao mastigar. Mas caso isso aconteça, também será eliminado normalmente.
E se eu engolir um aparelho removível dormindo?
Não há a menor possibilidade de se engolir um aparelho removível, devido ao tamanho. Esse aparelho deverá ficar bem firme na sua boca. Se estiver meio solto, pode ter certeza de que cairá na sua cama na hora de dormir. Você não corre risco de engolir...
À menos que esteja bêbado e pense que o aparelho removível é um bife! Rsrs!
Os bráquetes (pecinhas) do aparelho fixo são bem pequenas, não possuem pontas que perfuram e muitas vezes são engolidas pelos pacientes. Principalmente por aqueles que costumam comer de tudo, alimentos que exigem grandes esforços da mastigação, e grandes quantidades de alimentos. Eventualmente um bráquete pode sair, misturar-se com os alimentos e ser deglutido.
Pode ficar tranquilo, esse braquete irá passar normalmente por seu trato digestivo e será eliminado no devido tempo.Não precisa fazer drama, isso pode acontecer com qualquer um. Há até uma comunidade do Orkut chamada "Eu engoli um bráquete".
Se engolir elásticos, pode ficar tranquilo que também sairá normalmente.
E se eu engolir uma banda (anel metálico)?
Acho meio difícil visto que o tamanho da banda por sí só será identificado ao mastigar. Mas caso isso aconteça, também será eliminado normalmente.
E se eu engolir um aparelho removível dormindo?
Não há a menor possibilidade de se engolir um aparelho removível, devido ao tamanho. Esse aparelho deverá ficar bem firme na sua boca. Se estiver meio solto, pode ter certeza de que cairá na sua cama na hora de dormir. Você não corre risco de engolir...
À menos que esteja bêbado e pense que o aparelho removível é um bife! Rsrs!
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Aparelho fixo de enfeite
Já me fizeram essa pergunta no consultório algumas vezes e outras vezes lendo as perguntas do Yahoo Respostas me deparei com a mesma pergunta:
Tem jeito de colocar aparelho fixo só de enfeite?
Muitas vezes a pessoa quer colocar um aparelho fixo porque vai a uma festa ou porque quer aparecer para "alguém". Confesso que não sei as razões psicológicas verdadeiras que originam essa vontade.
Mas o que se passa pela cabeça dessa pessoa? Colar os bráquetes nos dentes superiores (claro!), escolher uma cor vibrante de ligadura, e sair por aí, com um sorriso de orelha a orelha, dizendo para o mundo: "Estou de aparelho fixo"?
Aparelho fixo não é enfeite, é tratamento.
Imagino que você não engessaria sua perna só de enfeite.
Para colocar um aparelho fixo é necessário antes de tudo ter um problema ortodôntico.
E se você tiver um problema ortodôntico, é necessário ir ao ortodontista, que pedirá uma documentação ortodôntica para planejar seu caso. Só então poderá colocar o aparelho.
Mas por que não pode colar só umas pecinhas?
Porque há necessidade de planejamento para o tratamento. Veja bem, aparelho fixo é tratamento e não enfeite.
Você não pode ficar de aparelho fixo sem a manutenção feita pelo dentista. Há possibilidade de acúmulo de placa bacteriana que poderá descalcificar seus dentes, formando manchas brancas. As ligaduras elásticas (borrachinhas coloridas) acumulam muitos resíduos, pelo fato de serem material elástico. Pode haver inflamação gengival, tártaro, sangramento, pus, cárie e até perda dentária,.. Isso sem contar com o mau hálito.
E se sair uma pecinha (bráquete), quem irá colar novamente? E se virar uma bagunça, parecendo uma casa em demolição, como é que fica?
Olha, meu amigo...
Desiste dessa ideia. Não pense em colar aparelho de enfeite, que não fará bem para sua saúde bucal.
Ah, mas eu tenho certeza que se eu procurar um dentista que faça isso, eu vou encontrar.
Claro que vai. Nessa vida tudo que se procura acha... E vai achar mais para a frente todos aqueles problemas bucais que falei.
Eu posso colocar o aparelho e sumir do dentista...
Pois é... Alguns espertinhos acham que isso é uma boa ideia. Se você colocar o aparelho para que ele fique apenas de enfeite e sumir do dentista, você irá sumir só do dentista, porque os problemas gengivais, mau hálito, sangramentos, irão achar você, onde quer que esteja.
Se você realmente possui problemas dentários que requerem o uso de aparelho ortodôntico, faça o tratamento corretamente. Seus dentes irão agradecer. E a sua saúde também.
Fique esperto!
Tem jeito de colocar aparelho fixo só de enfeite?
Muitas vezes a pessoa quer colocar um aparelho fixo porque vai a uma festa ou porque quer aparecer para "alguém". Confesso que não sei as razões psicológicas verdadeiras que originam essa vontade.
Mas o que se passa pela cabeça dessa pessoa? Colar os bráquetes nos dentes superiores (claro!), escolher uma cor vibrante de ligadura, e sair por aí, com um sorriso de orelha a orelha, dizendo para o mundo: "Estou de aparelho fixo"?
Aparelho fixo não é enfeite, é tratamento.
Imagino que você não engessaria sua perna só de enfeite.
Para colocar um aparelho fixo é necessário antes de tudo ter um problema ortodôntico.
E se você tiver um problema ortodôntico, é necessário ir ao ortodontista, que pedirá uma documentação ortodôntica para planejar seu caso. Só então poderá colocar o aparelho.
Mas por que não pode colar só umas pecinhas?
Porque há necessidade de planejamento para o tratamento. Veja bem, aparelho fixo é tratamento e não enfeite.
Você não pode ficar de aparelho fixo sem a manutenção feita pelo dentista. Há possibilidade de acúmulo de placa bacteriana que poderá descalcificar seus dentes, formando manchas brancas. As ligaduras elásticas (borrachinhas coloridas) acumulam muitos resíduos, pelo fato de serem material elástico. Pode haver inflamação gengival, tártaro, sangramento, pus, cárie e até perda dentária,.. Isso sem contar com o mau hálito.
E se sair uma pecinha (bráquete), quem irá colar novamente? E se virar uma bagunça, parecendo uma casa em demolição, como é que fica?
Olha, meu amigo...
Desiste dessa ideia. Não pense em colar aparelho de enfeite, que não fará bem para sua saúde bucal.
Ah, mas eu tenho certeza que se eu procurar um dentista que faça isso, eu vou encontrar.
Claro que vai. Nessa vida tudo que se procura acha... E vai achar mais para a frente todos aqueles problemas bucais que falei.
Eu posso colocar o aparelho e sumir do dentista...
Pois é... Alguns espertinhos acham que isso é uma boa ideia. Se você colocar o aparelho para que ele fique apenas de enfeite e sumir do dentista, você irá sumir só do dentista, porque os problemas gengivais, mau hálito, sangramentos, irão achar você, onde quer que esteja.
Se você realmente possui problemas dentários que requerem o uso de aparelho ortodôntico, faça o tratamento corretamente. Seus dentes irão agradecer. E a sua saúde também.
Fique esperto!
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Mordida Aberta
O que é mordida aberta? Quais as causas?
A mordida aberta é a deficiência de contato entre dentes superiores e inferiores, ou seja, os dentes superiores não se encontram com os inferiores. Pode ser na região anterior ou posterior. Pode estar presente na dentição de leite, mista (dentes de leite mais permanentes) ou na dentição permanente.
As causas são várias, tais como a presença de hábitos -chupeta, mamadeira, sucção de dedo, sucção de objetos estranhos (fraldas, cobertores), roer unhas, pode ser hereditária, devido à respiração bucal, tamanho da língua, presença de síndromes, problemas neurológicos, etc.
Como é feito o tratamento?
Geralmente é feito com tratamento ortodôntico e tratamento fonoaudiológico. O tratamento ortodôntico é necessário para que aconteça o alinhamento dos dentes e o tratamento fonoaudiológico para que a criança ( ou o adulto) aprendam a posicionar corretamente a língua durante a fala e deglutição.
Quando criança, deverão ser usados aparelhos removíveis comuns ou ortopédicos. Nos adultos o uso deverá ser de aparelhos fixos. No caso da mordida aberta ser provocada por hábitos (chupeta, mamadeira, sucção digital), o hábito deverá ser removido para que se feche a mordida. No caso de crianças até 4 anos mais ou menos, quando a mordida aberta é provocada pelo uso de chupeta/mamadeira, ao se remover o hábito geralmente a mordida se fecha sozinha, mas geralmente tende a se cruzar na região posterior.
Amamentação materna prolongada também provoca mordida aberta, o mesmo acontecendo com o uso prolongado de chupeta ortodôntica. Se você acha que o seu filho tem mordida aberta, procure um odontopediatra para que seja feito o diagnóstico o mais rápido possível, e também o tratamento o mais rápido possível. Como eu disse, algumas mordidas abertas se fecham sem auxílio de aparelhos, apenas removendo-se o hábito.
Algumas mordidas abertas são mais complicadas. São as mordidas abertas esqueléticas. A mordida aberta esquelética geralmente é acompanhada de uma face longa no adulto. É aquela criança que passou a infância toda com mordida aberta, que possui na família outros parentes com mordida aberta também, e acaba evoluindo para um adulto com mordida aberta esquelética (geralmente hereditário). Bem diferente da mordida aberta apenas dental, pois se nota que ao fechar a boca, a pessoa possui apenas os dentes posteriores "encostando".
Qual o tratamento da mordida aberta esquelética? Geralmente é orto-cirúrgico. Ou seja, há necessidade de se passar por um tratamento ortodôntico previamente à cirurgia, e estar de aparelho durante a cirurgia.
Como a mordida aberta esquelética é devida a um problema esquelético , dificilmente será corrigida apenas com o uso de aparelhos. Quem dará o diagnóstico final será o ortodontista, após examinar a telerradiografia, modelos e aspectos clínicos.
A mordida aberta é a deficiência de contato entre dentes superiores e inferiores, ou seja, os dentes superiores não se encontram com os inferiores. Pode ser na região anterior ou posterior. Pode estar presente na dentição de leite, mista (dentes de leite mais permanentes) ou na dentição permanente.
As causas são várias, tais como a presença de hábitos -chupeta, mamadeira, sucção de dedo, sucção de objetos estranhos (fraldas, cobertores), roer unhas, pode ser hereditária, devido à respiração bucal, tamanho da língua, presença de síndromes, problemas neurológicos, etc.
Como é feito o tratamento?
Geralmente é feito com tratamento ortodôntico e tratamento fonoaudiológico. O tratamento ortodôntico é necessário para que aconteça o alinhamento dos dentes e o tratamento fonoaudiológico para que a criança ( ou o adulto) aprendam a posicionar corretamente a língua durante a fala e deglutição.
Quando criança, deverão ser usados aparelhos removíveis comuns ou ortopédicos. Nos adultos o uso deverá ser de aparelhos fixos. No caso da mordida aberta ser provocada por hábitos (chupeta, mamadeira, sucção digital), o hábito deverá ser removido para que se feche a mordida. No caso de crianças até 4 anos mais ou menos, quando a mordida aberta é provocada pelo uso de chupeta/mamadeira, ao se remover o hábito geralmente a mordida se fecha sozinha, mas geralmente tende a se cruzar na região posterior.
Amamentação materna prolongada também provoca mordida aberta, o mesmo acontecendo com o uso prolongado de chupeta ortodôntica. Se você acha que o seu filho tem mordida aberta, procure um odontopediatra para que seja feito o diagnóstico o mais rápido possível, e também o tratamento o mais rápido possível. Como eu disse, algumas mordidas abertas se fecham sem auxílio de aparelhos, apenas removendo-se o hábito.
Algumas mordidas abertas são mais complicadas. São as mordidas abertas esqueléticas. A mordida aberta esquelética geralmente é acompanhada de uma face longa no adulto. É aquela criança que passou a infância toda com mordida aberta, que possui na família outros parentes com mordida aberta também, e acaba evoluindo para um adulto com mordida aberta esquelética (geralmente hereditário). Bem diferente da mordida aberta apenas dental, pois se nota que ao fechar a boca, a pessoa possui apenas os dentes posteriores "encostando".
http://www.ortociso.com.br/arquivos/33-vanda-aparecida-antes-41410118_g.jpg |
Mordida aberta antes (caso tratado com cirurgia) |
A mesma mordida aberta da foto anterior, após a cirurgia. Ambas as fotos retiradas do site: http://www.ortognatica.com.br/IMAGENS/aberta-depois.jpg |
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Gap Teeth (Diastema)
Pois é, o diastema entrou na moda.
No caso diastema entre os incisivos centrais superiores (espaço entre os dentes).
LindseyWixson, Lara Stone e Georgia May Jagger são algumas das modelos mais famosas da atualidade que possuem diastema, ou como chamam no mundo da moda, GAP TEETH.
No caso diastema entre os incisivos centrais superiores (espaço entre os dentes).
LindseyWixson, Lara Stone e Georgia May Jagger são algumas das modelos mais famosas da atualidade que possuem diastema, ou como chamam no mundo da moda, GAP TEETH.
Leia mais sobre diastemas em: http://ortodontiaearte.blogspot.com.br/2012/07/diastemas.html e http://ortodontiaearte.blogspot.com.br/2012/08/como-fechar-um-diastema.html |
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Qual cor de "borrachinha" eu ponho?
Qual cor de "borrachinha" eu ponho?
Esse parece ser um grande desafio nas consultas do paciente que usa aparelho fixo. Mas, afinal, para que servem essas borrachinhas? Só para deixar o aparelho colorido? Para enfeitar o aparelho? Para deixar o paciente contente?
Nada disso...
Essas "borrachinhas" são chamadas de ligaduras. São ligaduras elásticas, cuja função é ligar o bráquete ao arco do aparelho do paciente. Isso provoca o movimento do dente para a posição desejada. São importantíssimas no tratamento.
As técnicas que usam o bráquete "smart clip" não usam ligaduras para esse fim, pois o próprio bráquete tem o clip que "serve de ligadura".
Existem em várias cores. Cores claras e escuras. E para quem não gosta de nada colorido, existe o cinza, que praticamente não aparece. Há ligaduras em formato de florzinha, imitando orelhas do Mickey...
Nesses anos todos de clínica ortodôntica percebi que dependendo da cor a ligadura tem menos resistência, ela parece mais frágil e tende algumas vezes a se partir. Ainda tenho que pesquisar mais sobre isso, mas tenho observado bastante.
As cores claras mancham com mais facilidade e isso está diretamente relacionado ao tipo de alimentação do paciente. Salgadinhos que são vendidos em saquinhos, tipo Ruffles, Fandangos, possuem um pigmento amarelo que mancha (e muito!) não só as ligaduras como os dentes.
O famoso "Miojo" que os adolescentes tanto gostam de comer quando o aparelho fixo é ativado, também provoca manchas, não o macarrão, mas o tempero que vem no saquinho. Refrigerantes com pigmentos - Coca Cola, Fanta Laranja, Fanta Uva - também possuem grande quantidade de pigmentos, assim como o café e chocolates em excesso.
Portanto, se quer que seus dentes fiquem com aparência mais branca e que as ligaduras (borrachinhas) fiquem com uma cor bonita por mais tempo, evite grande consumo de coisas que possuem muito pigmento. E capriche na escovação e fio dental, conforme ensinado pelo seu dentista.
Pastas de dente com pigmento verde também mancham.
Para as meninas um aviso: cuidado ao passar batom. O pigmento do batom pode manchar as ligaduras.
Visite a postagem "Tabelas de Cores para borrachinhas" http://ortodontiaearte.blogspot.com.br/2014/07/tabelas-de-cores-das-borrachinhas.html
Esse parece ser um grande desafio nas consultas do paciente que usa aparelho fixo. Mas, afinal, para que servem essas borrachinhas? Só para deixar o aparelho colorido? Para enfeitar o aparelho? Para deixar o paciente contente?
Nada disso...
Essas "borrachinhas" são chamadas de ligaduras. São ligaduras elásticas, cuja função é ligar o bráquete ao arco do aparelho do paciente. Isso provoca o movimento do dente para a posição desejada. São importantíssimas no tratamento.
As técnicas que usam o bráquete "smart clip" não usam ligaduras para esse fim, pois o próprio bráquete tem o clip que "serve de ligadura".
Existem em várias cores. Cores claras e escuras. E para quem não gosta de nada colorido, existe o cinza, que praticamente não aparece. Há ligaduras em formato de florzinha, imitando orelhas do Mickey...
Nesses anos todos de clínica ortodôntica percebi que dependendo da cor a ligadura tem menos resistência, ela parece mais frágil e tende algumas vezes a se partir. Ainda tenho que pesquisar mais sobre isso, mas tenho observado bastante.
As cores claras mancham com mais facilidade e isso está diretamente relacionado ao tipo de alimentação do paciente. Salgadinhos que são vendidos em saquinhos, tipo Ruffles, Fandangos, possuem um pigmento amarelo que mancha (e muito!) não só as ligaduras como os dentes.
O famoso "Miojo" que os adolescentes tanto gostam de comer quando o aparelho fixo é ativado, também provoca manchas, não o macarrão, mas o tempero que vem no saquinho. Refrigerantes com pigmentos - Coca Cola, Fanta Laranja, Fanta Uva - também possuem grande quantidade de pigmentos, assim como o café e chocolates em excesso.
Portanto, se quer que seus dentes fiquem com aparência mais branca e que as ligaduras (borrachinhas) fiquem com uma cor bonita por mais tempo, evite grande consumo de coisas que possuem muito pigmento. E capriche na escovação e fio dental, conforme ensinado pelo seu dentista.
Pastas de dente com pigmento verde também mancham.
Para as meninas um aviso: cuidado ao passar batom. O pigmento do batom pode manchar as ligaduras.
Visite a postagem "Tabelas de Cores para borrachinhas" http://ortodontiaearte.blogspot.com.br/2014/07/tabelas-de-cores-das-borrachinhas.html
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Bruxismo
Entende-se por bruxismo o hábito parafuncional de ranger os dentes. Uma vez que nessas circunstâncias eles estão submetidos - assim como a estrutura ósseo e as articulações - a forças de intensidade muito superior às exercidas durante a mastigação, caso não seja tratado adequadamente, o fenômeno pode ser responsável não só pelo desgaste ou fratura dos dentes e/ou próteses, mas também por lesões do periodonto (tecidos que sustentam o dente), dores faciais e na região fronto-temporal. O bruxismo é também apontado como importante fator na etiologia da Disfunção Temporomandibular (DTM), provocando dores principalmente nos músculos da mastigação.
Qual a causa do bruxismo?
Muitas são as causas. Fatores anatômicos, fisiológicos, neuromusculares e psicológicos. No caso dos fatores psicológicos, a literatura especializada aponta para o estresse do dia a dia, ou ao estresse provocado por qualquer tipo de problemas.
Há algum tempo os clínicos têm percebido um aumento na incidência dos relatos do ranger de dentes, nos levando a supor que - não sendo provável alguma alteração biológica que predisponha o ser humano, hoje mais do que ontem, ao quadro - deve haver na cultura contemporânea algo que exponha excessivamente o indivíduo comum a essa resposta.
Derivado da palavra grega brychein que significa triturar ou ranger os dentes, o termo bruxismo foi utilizado pela primeira vez em 1907, por Marie e Pietkiewicz como la bruxomanie.
Mas o sofrimento a que se refere é bíblico: "Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o às trevas exteriores. Ali haverá pranto e ranger de dentes".
A associação do bruxismo ao martírio e ao sofrimento mental é, então, muito antiga, possivelmente tão antiga quanto o medo, pressuposto indissociável do contato com as trevas.
Temos então que buscar aquilo que aflige o ser humano, frente ao que se veja de pés e mãos atados, numa experiência de desamparo, buscando dar nome a essas trevas, sejam exteriores, como propunha Mateus (do Evangelho), ou internas, como objetos de indagações.
Todas as pessoas, em alguma etapa de sua existência, rangem os dentes. A ocorrência de bruxismo noturno durante a vida de um paciente é altamente variável, relacionando-se com "eventos marcantes ou com períodos emocional ou fisicamente difíceis"
Considera-se que o bruxismo é muito dependente do estresse, e alguns indivíduos reagem ao estresse cm níveis mais elevados de tensão nos músculos da mastigação. Alguns estudiosos do assunto dizem que o estresse diário mais o problema dentário (maloclusão) se refletem na atividade dos músculos durante o sono. Geralmente a ansiedade está associada ao bruxismo.
Diagnóstico
Como diagnosticar o bruxismo?
Geralmente a maioria dos pacientes não se queixa de ter bruxismo, e alguns nem sabem que têm. Geralmente o barulho noturno é notado por parte de alguém, que partilha o mesmo espaço. O dentista pode observar "o bruxismo" à partir da observação do desgaste nas superfícies dentárias. Geralmente o paciente se queixa de de fadiga (cansaço) muscular facial, dor facial, ou cefaleia pela manhã. Por vezes, ainda, o paciente relata a percepção de acordar durante a noite com os dentes travados.
A POLISSONOGRAFIA é importante instrumento nas pesquisas sobre o bruxismo. Pode confirmar o diagnóstico, sendo que a rápida identificação do quadro permite uma intervenção precoce com a minimização dos seus efeitos, mas, em razão da diversidade ds fatores envolvidos, o tratamento deve ser multidisciplinar. Como se sabe hoje, a cura do bruxismo é uma mera pretensão clínica, e maneira que qualquer proposta de compreensão poderá mostrar-se útil na elaboração de estratégias de tratamento.
Causas
O estresse é citado de maneira frequente como um suposto fator etiológico para o bruxismo.
Estresse é um termo emprestado da física - no qual é associado à tensão e desgaste a que são submetidos os materiais. O termo foi proposto pelo endocrinologista Hans Selye, em 1936, para designar o estado de tensão que rompe o equilíbrio interno do organismo, ou a resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um indivíduo frente às pressões do mundo externo (ambientais, sociais, etc) ou do mundo interno (expectativas ou pretensões de diversas ordens). Tido como importante fator etiológico de doenças em geral, e relevante motivo para a busca aos profissionais de saúde, a OMS o tem considerado um dos males do século.
Alguns medicamentos também podem causar o bruxismo. Aliás, isso muitas vezes está explícito na bula:
- fluoxetina
– sertralina
– paroxetina
–
venlafaxina
– buspirona
Uma observação interessante também é que o consumo excessivo de adoçantes (muitos anos, várias vezes por dia), pode produzir bruxismo.
Tratamento
Aparelho ortodôntico fixo não é terapia para bruxismo, mas quando o paciente possui um problema grave de maloclusão, muitas vezes usando o aparelho o bruxismo tende a desaparecer. Não em todos os casos.
No caso do paciente estar tomando algum medicamento que provoque o bruxismo, deverá parar com esse medicamento ou então que esse remédio seja substiruído por outro menos danoso. Leia as bulas dos remédios que toma.
Rinite, resfriado, dores em qualquer parte do corpo também podem provocar um bruxismo passageiro. Nesses casos, após a cura do problema o bruxismo tende a desaparecer.
Pode ser usada uma placa para impedir que o ranger de dentes desgaste todos os dentes do paciente. O ideal é a placa de resina, que envolve todos os dentes da arcada. Mas atenção: A PLACA NÃO IRÁ "CURAR" SEU BRUXISMO, ela servirá somente para impedir o desgaste dos dentes. E deverá ser trocada ou reparada de tempos em tempos, pois pode apresentar "furos". O ideal será sempre tentar descobrir a causa desse ranger de dentes.
Adaptado da Revista do CROMG - vol 12, n°1, jan-jun 2011
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Hepatite
Ouvi falar que se pode "pegar" hepatite com alicate de cutícula e até em consultório de dentista. É verdade?
Em primeiro lugar, vamos entender o que quer dizer a palavra "hepatite".
Hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, bactérias, agentes químicos como resíduos petroquímicos, uso de determinados medicamentos, álcool, drogas, chás ou ainda por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. No Brasil, o que temos de mais comum são as hepatites virais que recebem o nome de acordo com o vírus que as causam. Atualmente temos a hepatiteA, a B, C, D e E.
Hepatite A - É autolimitada e de caráter benigno, ocorrendo apenas na forma aguda e com raras complicações. O paciente com hepatite A pode se recuperar completamente eliminando o vírus de seu organismo em até 6 meses.
Transmissão: O vírus A é transmitido pela ingestão de alimentos com água contaminada com resíduos fecal humano e também pelo contato interpessoal (via oral-fecal).
Prevenção: Consumo de água de boa procedência, medidas de saneamento básico e frutas, verduras e legumes bem lavados. Evitar aglomerações e compartilhamentos de copos e talheres. Existe vacina para hepatite A, mas não está disponível de forma ampla o sistema público de saúde. Apenas nos Centros de Referências Imunológicos Especiais.
Tratamento: Como a hepatite A não causa muita agressão ao fígado, é curável e o tratamento é apenas de suporte, indicado de acordo com a saúde do paciente.
Hepatite B - Apresenta tanto a forma aguda quanto a crônica. No caso da crônica, o vírus fica no organismo por mais de 6 meses. Se evoluir para crônica, pode causar danos graves ao fígado, como cirrose e câncer. Entre adultos infectados, 5 a 10% evoluem para a forma crônica da doença.
Transmissão:è considerada doença sexualmente transmissível (DST), pois o vírus HB é transmitido preferencialmente por essa via, já que é bem adaptada a essa transmissão: se concentra no sêmem e pode viver por muitos dias no ambiente vaginal.
Também pode ser transmitido de mãe para filho, na gestação, parto ou amamentação (via vertical). Nesse tipo de transmissão a chance de cronificação pode chegar a 90% com maior risco de evolução para cirrose e hepato carcinoma em fase precoce da vida.
É possível também a transmissão por:
- instrumentos pérfuro cortantes ( em instrumentos contaminados em hospitais, médicos e dentistas)
-compartilhamento de objetos de higiene pessoal, tais como:
1. escovas de dente
2. alicates de unha
3. tesouras de unha
4. lâminas de barbear
5. tintas e agulhas de tatuagem
Prevenção: Sexo seguro ( com preservativos) e assepsia. Não compartilhamento de instrumentos pérfuro cortantes (seringas, p. ex.). É também importante o rastreamento da gestante para hepatite B no pré-natal, visando adotar as medidas pertinentes para prevenir infecção do recém nascido.
A hepatite B tem vacina, aplicada em 3 doses, muito eficaz e disponível nas redes de saúde.
Tratamento: Está indicado de acordo com o estado do paciente, mas além dos medicamentos, deve contemplar uma dieta de fácil digestão e sorte do consumo de bebidas alcoólicas por 6 meses, pelo menos.
A hepatite B não tem cura, mas se o diagnóstico for feito precocemente, e a resposta do paciente for boa, é possível controlar a replicação do vírus, evitando que o fígado seja agredido e ocorram complicações. Todos os medicamentos para a hepatite B estão disponíveis na rede pública, mas seu uso depende das diretrizes brasileiras para tratamento das hepatites virais.
Tratamento: Está indicado de acordo com o estado do paciente, mas além dos medicamentos, deve-se ter uma dieta de fácil disgestão e corte do consumo de bebidas alcoólicas por 6 meses pelo menos.
A hepatite B não tem cura, mas se o disgnóstico for feito precocemente e a resposta do paciente for boa, é possível controlar a replicação do vírus, evitando que o fígado seja agredido e ocorram complicações. Todos os medicamentos para hepatite B estão disponíveis a rede pública, mas isso depende das diretrizes brasileiras para tratamento das hepatites virais.
Hepatite C - A HC assim como a HB evolui silenciosamente para a forma crônica quando o vírus não é eliminado de pois de 6m, o que acontece em 80% dos casos.
Nesse caso pode causar agressão ao fígado com potencial para o desenvolvimento de cirrose e câncer de fígado.
Transmissão: Também transmitida por via sexual, mas essa forma é mais rara. A mais comum é a parenteral, através do compartilhamento de pérfuros-cortantes ou de higiene pessoal contaminado pelo sangue do portador: agulha, instrumento cirúrgico, escovas de dente, alicate, lâminas de barbear., etc
A transmissão também é possível de mãe para filho durante a gestação, parto e amamentação.
Prevenção: Correta assepsia e não compartilhamento de instrumentos pérfuro cortantes (p.ex. seringas). Nos serviços de saúde deve ser usado material descartável. Além disso é importante o uso de preservativos nas relações sexuais e o ratreamento da gestante para hepatite pré-natal, visando adotar medidas para prevenir a transmissão para o bebê. A hepatite C não tem vacina.
Tratamento: Quando a inflamação hepática evolui para a forma crônica, o tratamento pode ser complexo e, além dos medicamentos dependerá da realização dos exames específicos como biópsia hepática e de biologia molecular. As chances de cura variam de 50% a 80% dos casos.
Hepatite D - O vírus da hepatite D ou Delta é um problema muito comum na Amazônia e só atinge pacientes portadores do vírus do HB pois ele parasita o vírus B. A contaminação pelos 2 vírus também pode acontecer ao mesmo tempo. A hepatite Delta, assim como a B ou C pode evoluir tanto para a forma aguda quanto crônica da doença, havendo risco e danos sérios ao fígado.
Transmissão: As formas de transmissão são as mesmas, das hetatites B e C: por via sexual, sanguínea e de mãe para filho.
Prevenção: Uso de preservativos, assepsia, e não compartilhamento de instrumentos pérfuro cortantes e de objetos de higiene pessoal, testagem da gestante e se for portadora, encaminhar e orientar sobre o tipo de parto e não amamentação até que a criança tome a primeira dose de vacina de hepatite B.
Tratamento: Depende do tratamento da hepatite B, com medicação, alimentação menos gordurosa e não consumo de bebida alcoólica, pelo menos pelo período de 1 ano. O paciente contaminado pelos 2 vírus no mesmo momento tem mais chances de se recuperar completamente.
Hepatite E - É a hepatite viral menos comum no Brasil. É também autolimitada e se apresenta apenas na forma aguda, mas pode apresentar formas clínicas graves, principalmente em gestantes. O paciente com hepatite E pode se recuperar completamente eliminando o vírus de seu organismo em até 6m.
Transmissão: O vírus E é transmitido pela ingestão de alimentos ou água contaminada com resíduo fecal humano (via oral fecal). Pelo contato interpessoal também é possível, mas não é comum.
Prevenção: Consumo de água de boa procedência, medidas de saneamento básico, frutas, verduras e legumes bem lavados e mariscos e frutos do mar bem cozidos pois podem concentrar partículas virais no tubo digestivo. Evitar aglomerações e compartilhamento de copos e talheres.
Tratamento: Geralmente não requer tratamento sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas e recomendado repouso e dieta pobre em gorduras.
A internação somente é indicada em quadros clínicos.
Respondendo então a pergunta logo no início do texto: "É possível "pegar" hepatite no dentista e com alicate de unha?"
Conforme visto no texto, é possível "pegar" hepatite através de instrumentos pérfuro cortantes. Por aí se entende que todo material deve ser esterilizado, tais como agulhas, seringas, alicates de cutícula, agulhas de tatuagem e mesmo restos de tinta podem estar contaminados ( se reutilizados). Alicates e cutícula, tesouras, compartilhamento de escovas de dentes, lâminas de barbear, são fontes de contaminação. O sexo deve ser seguro. Beijo e sexo oral podem transmitir hepatite.
Em primeiro lugar, vamos entender o que quer dizer a palavra "hepatite".
Hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, bactérias, agentes químicos como resíduos petroquímicos, uso de determinados medicamentos, álcool, drogas, chás ou ainda por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. No Brasil, o que temos de mais comum são as hepatites virais que recebem o nome de acordo com o vírus que as causam. Atualmente temos a hepatiteA, a B, C, D e E.
Hepatite A - É autolimitada e de caráter benigno, ocorrendo apenas na forma aguda e com raras complicações. O paciente com hepatite A pode se recuperar completamente eliminando o vírus de seu organismo em até 6 meses.
Transmissão: O vírus A é transmitido pela ingestão de alimentos com água contaminada com resíduos fecal humano e também pelo contato interpessoal (via oral-fecal).
Prevenção: Consumo de água de boa procedência, medidas de saneamento básico e frutas, verduras e legumes bem lavados. Evitar aglomerações e compartilhamentos de copos e talheres. Existe vacina para hepatite A, mas não está disponível de forma ampla o sistema público de saúde. Apenas nos Centros de Referências Imunológicos Especiais.
Tratamento: Como a hepatite A não causa muita agressão ao fígado, é curável e o tratamento é apenas de suporte, indicado de acordo com a saúde do paciente.
Hepatite B - Apresenta tanto a forma aguda quanto a crônica. No caso da crônica, o vírus fica no organismo por mais de 6 meses. Se evoluir para crônica, pode causar danos graves ao fígado, como cirrose e câncer. Entre adultos infectados, 5 a 10% evoluem para a forma crônica da doença.
Transmissão:è considerada doença sexualmente transmissível (DST), pois o vírus HB é transmitido preferencialmente por essa via, já que é bem adaptada a essa transmissão: se concentra no sêmem e pode viver por muitos dias no ambiente vaginal.
Também pode ser transmitido de mãe para filho, na gestação, parto ou amamentação (via vertical). Nesse tipo de transmissão a chance de cronificação pode chegar a 90% com maior risco de evolução para cirrose e hepato carcinoma em fase precoce da vida.
É possível também a transmissão por:
- instrumentos pérfuro cortantes ( em instrumentos contaminados em hospitais, médicos e dentistas)
-compartilhamento de objetos de higiene pessoal, tais como:
1. escovas de dente
2. alicates de unha
3. tesouras de unha
4. lâminas de barbear
5. tintas e agulhas de tatuagem
Prevenção: Sexo seguro ( com preservativos) e assepsia. Não compartilhamento de instrumentos pérfuro cortantes (seringas, p. ex.). É também importante o rastreamento da gestante para hepatite B no pré-natal, visando adotar as medidas pertinentes para prevenir infecção do recém nascido.
A hepatite B tem vacina, aplicada em 3 doses, muito eficaz e disponível nas redes de saúde.
Tratamento: Está indicado de acordo com o estado do paciente, mas além dos medicamentos, deve contemplar uma dieta de fácil digestão e sorte do consumo de bebidas alcoólicas por 6 meses, pelo menos.
A hepatite B não tem cura, mas se o diagnóstico for feito precocemente, e a resposta do paciente for boa, é possível controlar a replicação do vírus, evitando que o fígado seja agredido e ocorram complicações. Todos os medicamentos para a hepatite B estão disponíveis na rede pública, mas seu uso depende das diretrizes brasileiras para tratamento das hepatites virais.
Tratamento: Está indicado de acordo com o estado do paciente, mas além dos medicamentos, deve-se ter uma dieta de fácil disgestão e corte do consumo de bebidas alcoólicas por 6 meses pelo menos.
A hepatite B não tem cura, mas se o disgnóstico for feito precocemente e a resposta do paciente for boa, é possível controlar a replicação do vírus, evitando que o fígado seja agredido e ocorram complicações. Todos os medicamentos para hepatite B estão disponíveis a rede pública, mas isso depende das diretrizes brasileiras para tratamento das hepatites virais.
Nesse caso pode causar agressão ao fígado com potencial para o desenvolvimento de cirrose e câncer de fígado.
Transmissão: Também transmitida por via sexual, mas essa forma é mais rara. A mais comum é a parenteral, através do compartilhamento de pérfuros-cortantes ou de higiene pessoal contaminado pelo sangue do portador: agulha, instrumento cirúrgico, escovas de dente, alicate, lâminas de barbear., etc
A transmissão também é possível de mãe para filho durante a gestação, parto e amamentação.
Prevenção: Correta assepsia e não compartilhamento de instrumentos pérfuro cortantes (p.ex. seringas). Nos serviços de saúde deve ser usado material descartável. Além disso é importante o uso de preservativos nas relações sexuais e o ratreamento da gestante para hepatite pré-natal, visando adotar medidas para prevenir a transmissão para o bebê. A hepatite C não tem vacina.
Tratamento: Quando a inflamação hepática evolui para a forma crônica, o tratamento pode ser complexo e, além dos medicamentos dependerá da realização dos exames específicos como biópsia hepática e de biologia molecular. As chances de cura variam de 50% a 80% dos casos.
Transmissão: As formas de transmissão são as mesmas, das hetatites B e C: por via sexual, sanguínea e de mãe para filho.
Prevenção: Uso de preservativos, assepsia, e não compartilhamento de instrumentos pérfuro cortantes e de objetos de higiene pessoal, testagem da gestante e se for portadora, encaminhar e orientar sobre o tipo de parto e não amamentação até que a criança tome a primeira dose de vacina de hepatite B.
Tratamento: Depende do tratamento da hepatite B, com medicação, alimentação menos gordurosa e não consumo de bebida alcoólica, pelo menos pelo período de 1 ano. O paciente contaminado pelos 2 vírus no mesmo momento tem mais chances de se recuperar completamente.
Hepatite E - É a hepatite viral menos comum no Brasil. É também autolimitada e se apresenta apenas na forma aguda, mas pode apresentar formas clínicas graves, principalmente em gestantes. O paciente com hepatite E pode se recuperar completamente eliminando o vírus de seu organismo em até 6m.
Transmissão: O vírus E é transmitido pela ingestão de alimentos ou água contaminada com resíduo fecal humano (via oral fecal). Pelo contato interpessoal também é possível, mas não é comum.
Prevenção: Consumo de água de boa procedência, medidas de saneamento básico, frutas, verduras e legumes bem lavados e mariscos e frutos do mar bem cozidos pois podem concentrar partículas virais no tubo digestivo. Evitar aglomerações e compartilhamento de copos e talheres.
Tratamento: Geralmente não requer tratamento sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas e recomendado repouso e dieta pobre em gorduras.
A internação somente é indicada em quadros clínicos.
Respondendo então a pergunta logo no início do texto: "É possível "pegar" hepatite no dentista e com alicate de unha?"
Conforme visto no texto, é possível "pegar" hepatite através de instrumentos pérfuro cortantes. Por aí se entende que todo material deve ser esterilizado, tais como agulhas, seringas, alicates de cutícula, agulhas de tatuagem e mesmo restos de tinta podem estar contaminados ( se reutilizados). Alicates e cutícula, tesouras, compartilhamento de escovas de dentes, lâminas de barbear, são fontes de contaminação. O sexo deve ser seguro. Beijo e sexo oral podem transmitir hepatite.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Sobre os sisos
O que são os dentes popularmente conhecidos como sisos ou do juízo?
Esses dentes são os terceiros molares, e foram batizados de "dentes do juízo" porque nasciam por volta dos 18 anos, que é a idade onde a pessoa deveria ter juízo. A grafia correta é "SISO", com "S", pois siso significa no dicionário, bom senso - circunspeção, juízo, prudência, tino. Ou seja, "SISO" é sinônimo de "JUÍZO".
Hoje em dias alguns sisos nascem bem antes, já vi sisos erupcionando em pacientes com 14, 15 anos... Isso depende muito da pessoa, do desenvolvimento geral, da saúde. Há sisos que não erupcionam por falta de espaço, e outros que não existem como germe dental na boca da pessoa, portanto, não se desenvolvem.
Nossos ancestrais tinham até o quarto molar ( o siso é o terceiro). Nossas mandíbulas não estão crescendo o suficiente devido à nossa alimentação, que é só de alimentos pastosos... Hoje em dia ninguém mais precisa triturar alimentos duros (o que garante maior desenvolvimento da mandíbula). O que acontece é que a maioria das pessoas não tem espaço suficiente para os sisos.
Aquelas pessoas que já nascem sem o germe do dente já são as mais "evoluídas" geneticamente...
Quando o siso está impactado no segundo molar, o ideal é extrair.
Estando impactado esse dente não irá erupcionar e não é bom que fique retido dentro do osso. Pode causar alguns problemas, tais como um cisto ou pericoronarite (inflamação na gengiva que o cobre).
Comenta-se muito que um siso pode causar apinhamento nos dentes inferiores anteriores, mas cientificamente nada está provado.
Se o seu ciso nasceu normalmente, e está presente na boca de forma saudável, não há necessidade de extraí-lo.
Pericoronarite é uma inflamação da gengiva que está sobre o siso (ou qualquer outro dente, geralmente o siso). Isso acontece muitas vezes porque o dente está em posição muito ruim, dificultando a escovação. Ou por trauma de mastigação. Geralmente ocorre quando aparece "apenas uma pontinha" do dente... Os resíduos alimentares entram por baixo da gengiva e lá alojados, provocam o problema. O paciente sente muita dor, e às vezes há formação de pus. Deve ser tratado o quanto antes, pois o pus pode "descer" - por exemplo- para o pescoço e cair na corrente sanguínea, virando uma infecção generalizada. Ou pode mesmo acontecer (em casos graves) drenagem de pús pelo "lado de fora" da bochecha.
Como foi dito, se o siso erupcionou normalmente, não há necessidade de extração. Caso contrário é preciso extraí-lo e passar por alguns inconvenientes que podem acontecer durante e depois da cirurgia:
É... Quando não tem jeito de evitar a extração, o jeito é aguentar resignadamente uns dias, até que tudo volte ao normal. Mas é preferível passar por tudo isso do que encarar uma pericoronarite, um cisto ou outro inconveniente causado por um dente problemático.
Esses dentes são os terceiros molares, e foram batizados de "dentes do juízo" porque nasciam por volta dos 18 anos, que é a idade onde a pessoa deveria ter juízo. A grafia correta é "SISO", com "S", pois siso significa no dicionário, bom senso - circunspeção, juízo, prudência, tino. Ou seja, "SISO" é sinônimo de "JUÍZO".
Hoje em dias alguns sisos nascem bem antes, já vi sisos erupcionando em pacientes com 14, 15 anos... Isso depende muito da pessoa, do desenvolvimento geral, da saúde. Há sisos que não erupcionam por falta de espaço, e outros que não existem como germe dental na boca da pessoa, portanto, não se desenvolvem.
Nossos ancestrais tinham até o quarto molar ( o siso é o terceiro). Nossas mandíbulas não estão crescendo o suficiente devido à nossa alimentação, que é só de alimentos pastosos... Hoje em dia ninguém mais precisa triturar alimentos duros (o que garante maior desenvolvimento da mandíbula). O que acontece é que a maioria das pessoas não tem espaço suficiente para os sisos.
Aquelas pessoas que já nascem sem o germe do dente já são as mais "evoluídas" geneticamente...
Quando o siso está impactado no segundo molar, o ideal é extrair.
do site: http://www.odontoblogia.com.br/wp-content/uploads/2011/04/dente-do-siso-impactado.jpg |
Comenta-se muito que um siso pode causar apinhamento nos dentes inferiores anteriores, mas cientificamente nada está provado.
Se o seu ciso nasceu normalmente, e está presente na boca de forma saudável, não há necessidade de extraí-lo.
http://www.bucalface.com.br/documents/PERICORONARITE1.jpg |
Como foi dito, se o siso erupcionou normalmente, não há necessidade de extração. Caso contrário é preciso extraí-lo e passar por alguns inconvenientes que podem acontecer durante e depois da cirurgia:
É... Quando não tem jeito de evitar a extração, o jeito é aguentar resignadamente uns dias, até que tudo volte ao normal. Mas é preferível passar por tudo isso do que encarar uma pericoronarite, um cisto ou outro inconveniente causado por um dente problemático.
Câncer bucal
Existe um termo
médico chamado “apoptose”, que muitos chamam de “suicídio celular”, que é
entendido como o tempo normal de vida de uma célula num organismo, para
depois essa célula morrer e ser substituída por uma nova.
As células de
um embrião, por exemplo, sofrem apoptose., até que esse embrião se torne feto. Muitas morrem, para dar lugar a outras novas. As células da
cauda do girino sofrem apoptose para que ele se torne sapo.
As células da pele humana sofrem apoptose numa média de 10 dias aproximadamente, quando são renovadas.
Quando se machuca a pele, elas também se renovam, mas porque sofreram “necrose” e não apoptose.
Nem toda célula reproduzida com falha é cancerosa. Há tumores malignos e sem malignidade. Há células alteradas geneticamente que não se transformam em câncer.
Há um momento em que a produção leva vantagem sobre a eliminação.
Por que acontece isso?
Vamos
tomar como exemplo o Carcinoma Epidermóide, que é o tumor mais comum da
cavidade bucal. Ele acontece geralmente em homens, depois dos 55 anos, e
geralmente ocorre na lateral da língua ou no lábio. Por que geralmente em homens?
Porque eles fumam mais, bebem mais...
O sistema de classificação do
câncer é o TNM, onde
T= Tamanho
N= quantidade de gânglios(linfonodos regionais ) atingidos (Nódulos)
M= Metástases (quantidades)
Por que há proliferação exagerada das células, sem que haja apoptose e elimine o mal?
- A fumaça quente do cigarro irrita as células e produz modificações genéticas, necrose e renovação celular mais rápida. Elas morrem por necrose e não por apoptose (suicídio).
- O álcool produz renovação celular rápida, pois desidrata as células.
- A falta de higiene (falta de escovação) ajuda anão remover os resíduos de álcool e cigarro.
- A predisposição genética facilita a malignidade (está no código genético).
São, dessa
forma, muitos os fatores que colaboram para a carcinogênese (formação
do câncer), sem chance de renovação celular benéfica. Os pacientes que
possuem esse câncer precisam que
ele seja removido cirurgicamente e depois quimioterapia e radioterapia.
Chance de sobrevivência: 55%. Ou seja, pode viver ou morrer... pois 55%
não significa muita coisa.
Outro tipo comum de câncer bucal é a
queilite actínica. Uma lesão que acomete mais o vermelhão do lábio
inferior. Causada por exposição excessiva ao sol. Acomete geralmente
moradores de zona rural ou aqueles que trabalham sob o sol. Aparece uma
feridinha que não sara e sangra. Só aumenta, nada a faz diminuir. Isso
tem um curso rápido, 15 dias mais ou menos. E acomete mais homens que
mulheres. Por que?
- A grande maioria das mulheres, mesmo as que trabalham na zona rural usam batom, o que protege das radiações UVB.
- Os homens fumam mais que as mulheres, e isso ocorre onde se coloca o cigarro, também devido ao calor da fumaça.
- O álcool ajuda a piorar.
- Pacientes de cor branca, pois são mais sensíveis aos raios solares.
- Predisposição genética.
O ex-presidente Lula estava com um câncer de laringe. Quais foram as causas?
1. cigarro
2. álcool
3. predisposição genética.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
O doce veneno do açúcar
Quando a disponibilidade (facilidade de compra) do açúcar excede de 10 a 15 kg por pessoa/ano, ocorre aumento do índice de cárie. Ou seja, a sacarose ( o açúcar de cana) é o açúcar mais cariogênico que existe.
A
quantidade de sacarose compatível com uma boa saúde bucal (dental)
seria de no máximo 15kg/pessoa/ano, ou mais exatamente 40g/pessoa/dia em
regiões beneficiadas com o flúor na água. E 10 kg/pessoa/ano
(30g/pessoa/dia) em regiões não beneficiadas com o flúor na água.
Uma latinha de 300ml de Coca-Cola possui 39 gramas de açúcar!
Importante lembrar que o excesso de sacarose também pode causar o aumento de peso (obesidade) e diabetes.
Provavelmente o consumo de açúcar é maior nas camadas de baixa renda, visto que são os que apresentam altos níveis de cárie.
Infelizmente
é enorme o investimento em propagandas que incentivam o consumo do
açúcar na TV: refrigerantes, sorvetes, bolachas, confeitos, etc. E
praticamente zero investimento em informações sobre o malefício do
açúcar na saúde bucal.
Vivemos numa época em que se valoriza a beleza física.
Mas os apelos televisivos são para que sejam consumidos produtos que
nem sempre colaboram para a construção dessa beleza. Alguém já parou
para pensar se mulher que bebe cerveja todo dia no happy hour tem corpinho de sereia, dentes branquinhos, gengivas saudáveis e hálitos gostoso?
A doença cárie (sim, é doença pois é transmissível) é a principal causa da perda dentária da população mundial.
Vejam bem:
- Aos 17 anos, 80% dos jovens já tiveram uma lesão cariosa cavitada;
- Aos 40 anos mais de 2/3 dos adultos perderam pelo menos um dente permanente.
O risco de cárie na dentição permanente é maior se na dentição de leite já havia cárie!
Além
do açúcar, outros fatores contribuem para a formação da cárie,
principalmente se forem associados ao alto consumo de açúcar.
- deficiências físicas e mentais (dificultam escovação)
- presença de restaurações ou próteses mal feitas (acúmulo de alimentos)
- saliva (pouca saliva aumenta índice de cáries)
- medicamentos (pode diminuir produção de saliva)
a)hipnóticos
b)tranquilizantes
Diazepam/Bromazepam/Lorazepam
c)antidepressivos
Fluoxetina
d)antiepiléticos
Carbamazepina
e)anticolinérgicos
f)agentes beta bloqueadores adrenérgicos
aliprolol
g)analgésicos opiáceos
tramadol
h)anti-histamínicos
Quando
se ingere muito açúcar, o pH da saliva torna-se ácido causando a
desmineralização da superfície dentária, e consequente formação de cáries. Claro que esse ciclo é
interrompido se houver a
escovação dos dentes, o que alterará o pH da saliva. No creme dental há o
fluoreto, que ajuda na capacidade da remineralização do dente através
da saliva.
Cuide-se.
Não
é preciso abster-se do açúcar. É necessário ter em mente os
procedimentos de higiene bucal, consciência da alimentação e viver a
vida onde se devem acrescentar exercícios físicos diários.
Classe II
Fiquei sabendo pelo dentista que meus dentes são Classe II. Como é isso?
Classe II, divisão 1ª - O primeiro molar superior encontra-se à frente do primeiro molar inferior, a maxila (maxilar superior) parece ser maior que a mandíbula, e todos os demais dentes parecem estar "para frente".
Classe II, divisão 2ª - O primeiro molar superior encontra-se à frente do primeiro molar inferior. Os incisivos centrais encontram-se inclinados mais para dentro e os incisivos laterais encontram-se inclinados para fora, aparecendo bem.
Nos casos onde o crescimento da maxila é bem maior que da mandíbula, e o paciente ainda está em idade de crescimento, podemos usar o Aparelho Extra Bucal para tentar conter esse crescimento:
Angle foi um ortodontista inglês (foi considerado o pai da
ortodontia) que classificou as maloclusões em Classe I, Classe II e Classe III.
Classe II seria o seguinte:
Classe II, divisão 2ª - O primeiro molar superior encontra-se à frente do primeiro molar inferior. Os incisivos centrais encontram-se inclinados mais para dentro e os incisivos laterais encontram-se inclinados para fora, aparecendo bem.
Na classe II divisão 1ª, ao observar nota-se que a maxila está bem "para frente" da mandíbula, dando ao paciente o aspecto de "dentuço". Quando isso ocorre devido ao pouco crescimento da mandíbula ou ao grande crescimento da maxila, podemos então estar diante de uma Classe II esquelética:
do site: http://www.identidadeodonto.com/wp-content/uploads/2011/06/retrognatismo.jpg |
Na foto acima podemos ver uma Classe II esquelética.
Se a pessoa tiver uma Classe II esquelética, como é feito o tratamento?
Geralmente é cirúrgico, com avanço de mandíbula, confecção de mento e muitas vezes com elevação de maxila. Isso deve ser planejado na documentação do paciente, em conjunto com o Ortodontista e Cirurgião Buco Maxilo Facial. A cirurgia é feita com os aparelhos ortodônticos fixos superior e inferior após algum tempo de tratamento ortodôntico já com finalidade cirúrgica.
A cirurgia - obviamente - é feita em ambiente hospitalar. O paciente deverá arcar com os custos do cirurgião, de seu assistente, do anestesista, da diária hospitalar, fonoaudióloga, medicamentos e fisioterapia ( a face fica sem sensibilidade por um tempo, exigindo fisioterapia local).
do site: http://www.jrgodontologia.com.br/timthumb-watermark.php?src=upload/Captura%20de%20tela%202011-07-27%20_s%2015.14.05.png&w=300&zc=1 |
Acima temos uma Classe II esquelética com grande deficiência de mandíbula, que foi tratada cirurgicamente. Notem a melhoria do perfil da paciente e mais harmonia na face.
Nos casos onde o crescimento da maxila é bem maior que da mandíbula, e o paciente ainda está em idade de crescimento, podemos usar o Aparelho Extra Bucal para tentar conter esse crescimento:
do site: http://2.bp.blogspot.com/_6raDxeZpP04/TGXH5tp43MI/AAAAAAAAAew/ZFxl4dwV-rU/s1600/aeb.jpg |
O famigerado "freio de burro", como chamam as crianças e adolescentes. Apesar de ser um aparelho "feio" e não muito aceito, no caso de crescimento acentuado da maxila e crescimento dentro do ideal da mandíbula, seria o mais indicado.
Quando a mandíbula é afetada em seu crescimento, crescendo menos que deveria, o mais indicado seria um aparelho ortopédico, como por exemplo o Bionator:
http://www.weisskircher.de/bilder/bionator.jpg |
Mas Bionator, como aparelho ortopédico, só será eficiente se o paciente estiver ainda em fase ce crescimento, não sendo favorável em adultos.
O plano de tratamento de uma Classe II, seja divisão primeira ou segunda, só o ortodontista poderá dar. Em muitos casos é necessária a extração de pré-molares superiores, mas somente analisando as radiografias e o exame clínico para se ter certeza disso.
Quanto antes a criança iniciar o tratamento, melhores serão os resultados.
Fale com seu ortodontista.
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