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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Alexandre Pato e os problemas bucais

Milan liga problema muscular de Alexandre Pato a doença bucal
Atacante passou por cirurgia odontológica; expectativa é que retorne antes do duelo contra o Manchester United, pela Liga dos Campeões
Equipe Universidade do Futebol
Não são raros os estudos que indicam que problemas relacionados à saúde bucal podem acarretar queda de rendimento físico. Sejam infecções bucais, nos dentes e nas gengivas, falta de condições de higiene bucal adequada, etc., o aparato odontológico compõe a estrutura biológica do jogador. O exemplo de Alexandre Pato é mais um destes.

O atacante brasileiro que defende o Milan está afastado dos gramados desde o último dia 13 de dezembro, quando sua equipe foi derrotada pelo Palermo (2 a 0). Pato sofreu uma lesão muscular em uma das coxas e desde então realiza tratamento intensivo de reabilitação.
De acordo com os periódicos italianos, um problema bucal, que não foi especificado pela agremiação rossoneri, estaria diretamente ligado ao problema na perna. Tanto que na última quarta-feira o jogador seria submetido a uma cirurgia odontológica.

A explicação é que o foco infeccioso na boca pode se espalhar pela corrente sanguínea, o que facilitaria o surgimento de problemas em articulações e músculos. De acordo com a equipe médica do Milan, o jogador, de 20 anos, deve repousar por dois a três dias após a cirurgia, e só então voltará aos treinos.
Especialista e Periodontia, mestre em Diagnóstico Bucal, autor de livros sobre a área e colunista de saúde bucal da Rádio Record, o odontólogo Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes relatou, em entrevista à Universidade do Futebol, casos de atletas que conviveram com adversidade semelhante.
"Nós temos um histórico, na Copa de 1958, relatada pelo já falecido Mário Trigo, que foi o primeiro cirurgião-dentista a compor uma delegação brasileira em competição. Ele lembra que extraiu mais de sete dentes de Mané Garrincha, antes da Copa de 1958. O jogador não conseguia recuperar-se de lesões musculares por conta de infecções bucais. E quando sanou essas infecções na boca, ele teve condições para recuperar-se e brilhar", disse.

"Outro exemplo é o Ronaldo "Fenômeno", que ficou três ou quatro rodadas afastado da Inter de Milão, com uma contusão muscular. Por indicação, o jogador fez a extração de um dente do siso que o incomodava há tempos, e teve êxito na recuperação muscular, dando continuidade ao seu trabalho no clube", finalizou.





http://www.universidadedofutebol.com.br/Jornal/Noticias/Detalhe.aspx?id=12871

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O que é a cárie?


Usar aparelho Ortodôntico requer paciência na hora de escovar os dentes, pois os bráquetes, as bandas (anéis metálicos) acumulam muitos resíduos e podem favorecer o aparecimento de cáries e gengivites. Uma dieta adequada, sem muito açúcar também ajuda a conservar dentes e gengivas saudáveis.



Estudando crânios de humanos que viveram no final da era paleolítica (de 12 mil a 10 mil anos antes de Cristo), os paleontologistas verificaram que cerca de 60 a 70% deles apresentavam dentes com cárie. Entretanto, elas eram encontradas em pequeno número (principalmente nas depressões dos molares e pré-molares) e eram mais frequentes em adultos do que em crianças e adolescentes.

Este padrão de ocorrência de cáries se manteve praticamente inalterado até o final da Idade Média (cerca de 1453 depois de Cristo), mas começou a mudar a partir do século XVII. A partir desta época, as cáries começaram a atingir também as superfícies lisas dos dentes, e aumentaram tanto o número de dentes atingidos como o número de lesões por dente.

Estudos realizados no século XX mostraram prevalência de cárie baixa em populações que seguiam estilo primitivo e cuja alimentação e era pobre em açucar. Um aumento da experiência de cárie na população em consequência da adoção de uma dieta moderna, com alto teor de açúcar foi observado em esquimós, em países da África, como Sudão, Etiópia, Gana e Nigéria e nas ilhas do sul do Pacífico.

O aumento da incidência de cáries a partir do século 17 é atribuído à ampliação do consumo de açúcar de cana, que começou a ser produzido em grande quantidade pelas colônias europeias na América.

A cárie dentária é uma doença infecciosa e transmissível, causada por bactérias, como Streptococcus mutans. A cárie tem início quando a bactéria se fixa sobre a superfície que protege o dente (o esmalte, formado por proteínas e minerais de cálcio e fosfato)  usa o açúcar presente na saliva para obter energia para crescer, formando placas dentárias. Ao usar o açúcar para crescer a bactéria produz ácido láctico (um processo conhecido como fermentação láctica), aumentando a acidez na superfície do dente, levando à desmineralização do esmalte, e à formação de pequenas cavidades que são invadidas pelas bactérias.

O processo continua até atingir a dentina e a polpa do dente, de onde a bactéria pode atingir a corrente sanguínea e provocar graves infecções em outras partes do corpo. Com o passar do tempo, todo o dente é destruído.



Fase onde as bactérias podem passar para a corrente sanguínea,
e onde há dor, mau hálito e possível formação de abscessos (pús)



Como a formação da placa dentária e a produção de ácido que provocam a cárie são dependentes da ingestão de açúcar, quanto mais frequente for a ingestão deste, maior será a incidência de cáries. Quanto mais açúcar se ingere, o pH da saliva que deveria ser básico (por volta de 7) cai e há perda de sais minerais do dente. Se a ingestão de açúcar é freqüente, o pH salivar sempre ficará baixo, e sempre haverá perda de sais minerais, o que formará a cárie...

Medicamentos pediátricos são geralmente produzidos na forma de xarope, e infelizmente à base de sacarose, o que facilita o aparecimento de cáries nas crianças. Que mãe mandará a criança doente escovar os dentes após tomar xarope?

Trabalhadores em indústrias de confeitos em Israel e no Japão apresentam maior experiência de cárie do que outros trabalhadores  de outros tipos de indústrias. Sabe por quê? A cárie nessas pessoas é causada, além do consumo freqüente do açúcar, também pelas partículas de açúcar que se encontra no ar.

Saiba também que:
1.      A sacarose (açúcar de cana) é o açúcar mais cariogênico ( que mais produz cárie) que existe,
2.      O mel e o açúcar mascavo são tão cariogênicos quanto a sacarose,
3.      Bolachas, bolos e produtos industrializados causam tanta cárie quanto a sacarose, pois possuem a capacidade de “grudar” em seus dentes, e são amidos  facilmente digeridos pela enzima da saliva (amilase salivar, vc deve ter aprendido na escola), transformando-se em  açúcar na boca e  facilmente aproveitados pelas bactérias,
4.      Outros amidos, tais como arroz e feijão ( a melhor combinação na alimentação), são amidos mais complexos e só são digeridos pela amilase pancreática (no intestino duodeno) passando facilmente pela boca e não provocam cáries.
5.      O leite possui açúcar, a lactose, mas as outras proteínas que se encontram no leite impedem a lactose de “grudar” nos dentes e servir para a fabricação de cárie,
6.      A cárie depende da ordem que os alimentos foram ingeridos. Se você comeu um doce e mais nada depois e não escovou os dentes, o doce ficará aderido aos dentes e contribuirá para a cárie,
7.      O certo é comer  doce após as refeições e escovar os dentes, o que evita a cárie.
8.      A cárie é causada mais  pela frequência da ingestão do açúcar do que pela quantidade.


Procure fazer bochechos com flúor. Peça a fórmula para o seu dentista. O ideal  é NaF a 0.05% todas as noites, para que haja   a remineralização de possíveis lesões nos seus dentes e que não evoluam para a cárie. Afinal,  não há nada melhor que um sorriso bonito e um bom hálito, não acham?