segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Quebrei meu aparelho removível de contenção. E agora?

Muito comum de acontecer é  o paciente quebrar o aparelho removível de contenção. 
Muitas vezes o aparelho não tem o cuidado que merece, é colocado dentro dos bolsos, embrulhado em guardanapos, cai no chão e alguém pisa em cima. Já ouvi casos em que o cachorro da família mastigou o aparelho.

Guarde sempre dentro da caixinha ou dentro de um copo com água. Nunca deixe  jogado no banheiro ou em qualquer outro lugar.  Destine um lugar específico para seu aparelho.


Quando a fratura é apenas uma pontinha da resina, o aparelho pode ainda ser usado, mas é importante procurar seu dentista para que ele faça uma correta avaliação. O pequeno pedaço quebrado pode induzir à mudanças na posição dos dentes.

Quando a fratura é completa (na resina), separando o aparelho em dois, a solução é mais demorada. Com certeza o dentista ( ou protético) precisará do modelo de sua arca dentária para fazer o reparo. Isso significa que você irá ficar sem o aparelho por um tempo até se fazer o conserto.

Quando a fratura é do arco do aparelho , não tem jeito... Terá que ser feito tudo  novamente!

Se a fratura for apenas de um grampo posterior e a estabilidade  não estiver comprometida, pode ser usado.

O importante é que havendo fratura grande ou pequena, na resina ou no arco, leve o aparelho para seu dentista examinar. Ele é quem dará  a correta solução.
Não se esqueça que se houver necessidade de conserto ou reparos, isso irá gerar custos, ou seja: você terá que pagar por isso...

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Mau hálito e aparelhos fixos

Alguns pacientes se queixam que após colocar o aparelho ortodôntico fixo, sentiram mau hálito ou alguém próximo a eles comentaram que estavam com mau hálito.
 Aparelho ortodôntico fixo tem capacidade de causar mau hálito?


O aparelho fixo apresenta muitas áreas de retenção que permitem um maior acúmulo de biofilme bacteriano. Portanto, retenções de alimentos podem causar cáries, doenças periodontais e consequentemente, mau hálito.


Os pais (e os próprios pacientes) devem ficar atentos a este problema, pois o mau hálito (ou halitose)  pode causar inúmeros problemas psicológicos nos pacientes, pois eles podem evitar sair com os amigos, namorar  e até conversar perto próximo ás pessoas, de medo que sintam seu mau hálito.
O que se pode fazer para impedir que isso aconteça?

 – assim que for instalado o aparelho ortodôntico deve ficar atento a técnica de escovação que seu ortodontista ou clínico explicou. Usar fio dental, escova macia, pasta dental e bochechos adequados.
Limpador de língua


 –usar o limpador de língua adequadamente, quando indicado.

– evitar o uso de antissépticos bucais que contenham álcool,  pois se há muita concentração de álcool no antisséptico, pode haver ressecamento da mucosa , causando mau hálito.

– beber, no mínimo, 2 litros de água por  dia. Mas tem que ser água mesmo e não sucos ou refrigerantes.

- observar cuidadosamente se não há resíduos alimentares grudados no aparelho e/ou nos dentes. E se for comer fora de casa, procure um banheiro e faça bochechos para que as partículas maiores se desprendam. Se possível carregar sempre uma escova.


- sempre escovar ou fazer bochechos após ingerir algo.


Se esses cuidados não resolverem  o problema da halitose, procure   ajuda com seu dentista. Ele irá saber orientar da melhor forma possível.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Dentes sensíveis


 Os dentes ficam sensíveis porque houve um desgaste causando a exposição da raiz. Isso pode ter sido causado  devido a pastas de dentes muito abrasivas, escovas muito duras e muita força na escovação, uso de próteses (especialmente aquelas que possuem grampos) e fatores que causam retração das gengivas, tais como tártaro e acúmulo excessivo de placa bacteriana.


Exposição da raiz dental devido à retração gengival e consequente sensibilidade. 


E o que é ter sensibilidade?
Num belo dia a pessoa vai tomar um sorvete e sente uma dor terrível. Isso começa a se repetir com frequência, ao tomar líquidos gelados, quentes, doces... Mas passa logo. Está diagnosticado então a sensibilidade dentária, que pode ser em um ou todos os dentes.





A sensibilidade não deve ser ignorada. A pessoa deve procurar seu dentista a fim de resolver o mais rápido possível o problema e  - antes de tudo – diagnosticar a causa.
O tratamento pode  ir de simples uso de pastas dentais específicas para dentes sensíveis até ao tratamento de canal (endodontia).



As pastas indicadas para dentes sensíveis são menos abrasivas e geralmente possuem em sua composição fluoreto de sódio e nitrato de potássio, que diminuem a permeabilidade da área exposta e consequentemente reduzem a sensibilidade dolorosa.




Cada causa requer um tratamento específico, nem sempre a pasta dental resolve sozinha, mas a correção da técnica de escovação, a prescrição de enxaguatórios bucais com flúor, a adoção de pastas de dente com formulações específicas e baixa abrasividade dão bom resultado.




Abrasão grande, cuja solução seria cirurgia periodontal. Caso de grande sensibilidade

Quando há a exposição de raiz, muito grande, geralmente recomenda-se cirurgia periodontal.

Em casos de uso de aparelho ortodôntico, é importante lembrar que a movimentação ortodôntica causa sensibilidade temporária.
Quando há um desgaste muito grande do tecido dentário, em forma de erosão, a restauração com resina ( resinas são materiais restauradores adesivos e da cor do dente) vão recobrir a área de erosão que estava exposta, escondendo a dentina e acabando com a sensibilidade.


Recomendações para quem tem dentes sensíveis:

- É importante que seja evitada a sobrecarga de estímulos como choques térmicos com alimentos muito frios, contato com alimentos ácidos ou mesmo carga de mastigação muito exagerada sobre a região. Evitando tudo isso você estará ajudando seu dente a recuperar-se um pouco.

-Em caso de sensibilidade, não se automedique pois você pode mascarar problemas mais sérios, que podem ter tratamento simples desde que o diagnóstico precoce seja feito por um profissional cirurgião-dentista.

-Escove os dentes delicadamente, com movimentos circulares ou de baixo para cima, no sentido de crescimento dos dentes. Use escovas macias, para massagear a gengiva e evitar desgastes dentários.

-Utilize pastas dentais menos abrasivas, porque as abrasivas desgastam os dentes.

           -Fazer revisão odontológica regularmente, de 6 em 6 meses, para manter    os dentes e a gengiva saudáveis e certificar-se de que não existe qualquer outro tipo de patologia.

Enfim, o melhor conselho é: procure seu dentista, só ele pode fazer um diagnóstico correto e prescrever o tratamento adequado.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Erosão dentária e suas causas

A erosão é a perda da estrutura química do dente devido à dissolução por ácidos que não são de origem bacteriana. As bactérias também causam destruição  da estrutura dentária, mas aí não é classificado como erosão e sim cárie.


Ingestão de frutas ácidas todos os dias (limão, abacaxi, p. ex) e  consumo exagerado de refrigerantes podem causar erosão dentária. Há perda de brilho do esmalte  no princípio e a perda o próprio esmalte, com o aparecimento de depressões. O dente, obviamente, fica muito sensível.
Vamos classificar aqui em 2 os fatores  responsáveis pela erosão ácida:


Fonte extrínseca, ou seja,  fatores que são atribuídos  ao que a pessoa ingere ou entra em contato:  consumo de frutas e sucos de frutas ácidas, bebidas gasosas e vinagre,  medicamentos como vitamina C, Ácido Acetil Salicílico e  bebidas isotônicas.


Fonte intrínseca,  ou seja,  fatores  tais como xerostomia (boca seca, com pouca ou nenhuma saliva)pois aumenta  tempo de exposição da substância erosiva sobre o elemento dental .
As doenças que provocam regurgitação, como hipertireoidismo, bulimia nervosa e anorexia, pelo contato constante do ácido com o meio bucal. No caso da bulimia, devido aos constantes vômitos provocados pela própria pessoa, o ácido estomacal destrói o esmalte dos dentes.


Mas estou aqui  hoje para falar sobre erosão dentária causada pelo ácido acetilsalicílico, muito consumido pelas pessoas em casos de dor.

Diversos estudos publicados indicam que o uso de ácido acetilsalicílico pode contribuir para a erosão dentária. Esses trabalhos relatam estudos de laboratório (dentes extraídos colocados em soluções de água e ácido acetilsalicílico) e estudos de casos clínicos de pessoas que ingeriram seis doses de ácido acetilsalicílico em pó por dia durante um período de dois a três anos. No estudo de laboratório, os pesquisadores observaram a superfície do esmalte (camada externa) e da dentina (camada estrutural abaixo do esmalte) dos dentes extraídos imersos na solução de água com ácido acetilsalicílico.


No estudo clínico, a superfície oclusal  ( a de mastigação) dos molares, pré-molares inferiores apresentaram severa erosão, assim como os dentes anteriores inferiores no lado voltado para a língua. O uso de ácido acetilsalicílico em pó foi a causa da erosão.
Outro estudo, com 42 crianças que sofriam de artrite reumatóide e tomavam ácido acetilsalicílico em comprimidos, mastigando-os ou engolindo-os inteiros, mostrou severa erosão nos molares primários superiores e inferiores e nos primeiros molares permanentes nas crianças que mastigavam o medicamento. As 17 crianças que engoliram os comprimidos não apresentaram erosão dentária. Assim, o estudo concluiu que a erosão dentária desenvolvida pelas crianças devia-se ao fato de mastigarem os comprimidos de ácido acetilsalicílico.

Portanto, você que gosta de mastigar comprimidos de Aspirina ou os que contêm  ácido acetilsalicílico antes de engolir, preste atenção!  É melhor engolir o comprimido em vez de mastigar, pois o ácido causa erosão e conseqüente sensibilidade em seus dentes.