segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mordida Aberta

O que é mordida aberta? Quais as causas?
A mordida aberta é a deficiência de contato entre dentes superiores e inferiores, ou seja, os dentes superiores não se encontram com os inferiores. Pode ser na região anterior ou posterior. Pode estar presente na dentição de leite, mista (dentes de leite mais permanentes) ou na dentição permanente.

 As causas são várias, tais como a presença de hábitos -chupeta, mamadeira, sucção de dedo, sucção de objetos estranhos (fraldas, cobertores), roer unhas, pode ser hereditária, devido à respiração bucal, tamanho da língua, presença de síndromes, problemas neurológicos, etc.

 Como é feito o tratamento?
Geralmente é feito com tratamento ortodôntico e tratamento fonoaudiológico. O tratamento ortodôntico é necessário para que aconteça o alinhamento dos dentes e o tratamento fonoaudiológico para que a criança ( ou o adulto) aprendam a posicionar corretamente a língua durante a fala e deglutição.

Quando criança, deverão ser usados aparelhos removíveis comuns ou ortopédicos. Nos adultos o uso deverá ser de aparelhos fixos. No caso da mordida aberta ser provocada por hábitos (chupeta, mamadeira, sucção digital), o hábito deverá ser removido para que se feche a mordida. No caso de crianças até 4 anos mais ou menos, quando a mordida aberta é provocada pelo uso de chupeta/mamadeira, ao se remover o hábito geralmente a mordida se fecha sozinha, mas geralmente tende a se cruzar na região posterior.

Amamentação materna prolongada também provoca mordida aberta, o mesmo acontecendo com o uso prolongado de chupeta ortodôntica. Se você acha que o seu  filho tem mordida aberta, procure um odontopediatra para que seja feito o diagnóstico o mais rápido possível, e também o tratamento o mais rápido possível. Como eu disse, algumas mordidas abertas se fecham sem auxílio de aparelhos, apenas removendo-se o hábito.


Algumas mordidas abertas são mais complicadas. São as mordidas abertas esqueléticas. A mordida aberta esquelética geralmente é acompanhada de uma face longa no adulto. É aquela criança que passou a infância toda com mordida aberta, que possui na família outros parentes com mordida aberta também, e acaba evoluindo para um adulto com mordida aberta esquelética (geralmente hereditário). Bem diferente da mordida aberta apenas dental, pois se nota que ao fechar a boca, a pessoa possui apenas os dentes posteriores "encostando".

http://www.ortociso.com.br/arquivos/33-vanda-aparecida-antes-41410118_g.jpg    
Qual o tratamento da mordida aberta esquelética? Geralmente é orto-cirúrgico. Ou seja, há necessidade de se passar por um tratamento ortodôntico previamente à cirurgia, e estar de aparelho durante a cirurgia.
Mordida aberta antes (caso tratado com cirurgia)

A mesma mordida aberta da foto anterior, após a cirurgia. Ambas as fotos retiradas do site: http://www.ortognatica.com.br/IMAGENS/aberta-depois.jpg



Como a mordida aberta esquelética é devida a um problema esquelético , dificilmente será corrigida apenas com o uso de aparelhos. Quem dará o diagnóstico final será o ortodontista, após examinar a telerradiografia, modelos e aspectos clínicos.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Gap Teeth (Diastema)

Pois é, o diastema entrou na moda.

No caso diastema entre os incisivos centrais superiores (espaço entre os dentes).

 LindseyWixson, Lara Stone e Georgia May Jagger são algumas das modelos mais famosas da atualidade que possuem diastema, ou como chamam no mundo da moda, GAP TEETH.


Leia mais sobre diastemas em: http://ortodontiaearte.blogspot.com.br/2012/07/diastemas.html  e http://ortodontiaearte.blogspot.com.br/2012/08/como-fechar-um-diastema.html




Evolução dos dentes de leite

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Qual cor de "borrachinha" eu ponho?

Qual cor de "borrachinha" eu ponho?

Esse parece ser um grande desafio nas consultas do paciente que usa aparelho fixo. Mas, afinal, para que servem essas borrachinhas? Só para deixar o aparelho colorido? Para enfeitar o aparelho?  Para deixar o paciente contente?
Nada disso...
Essas "borrachinhas" são chamadas de ligaduras. São ligaduras elásticas, cuja função é ligar o bráquete ao arco do aparelho do paciente. Isso provoca o movimento do dente para a posição desejada.  São importantíssimas no tratamento.
As técnicas que usam o bráquete "smart clip" não usam ligaduras para esse fim, pois o próprio bráquete tem o clip que "serve de ligadura".
Existem em várias cores. Cores claras e escuras. E para quem não gosta de nada colorido, existe o cinza, que praticamente não aparece. Há ligaduras em formato de florzinha, imitando orelhas do Mickey...

Nesses anos todos de clínica ortodôntica percebi que dependendo da cor a ligadura tem menos resistência, ela parece mais frágil e tende algumas vezes a se partir. Ainda tenho que pesquisar mais sobre isso, mas tenho observado bastante.


As cores claras mancham com mais facilidade e isso está diretamente relacionado ao tipo de alimentação do paciente. Salgadinhos que são vendidos em saquinhos, tipo Ruffles, Fandangos, possuem um pigmento amarelo que mancha (e muito!) não só as ligaduras como os dentes. 

O famoso "Miojo" que os adolescentes tanto gostam de comer quando o aparelho fixo é ativado, também provoca manchas, não o macarrão, mas o tempero que vem no saquinho. Refrigerantes  com pigmentos - Coca Cola, Fanta Laranja, Fanta Uva - também possuem grande quantidade de pigmentos, assim como o café e chocolates em excesso.

Portanto, se quer que seus dentes fiquem com aparência mais branca e que as ligaduras (borrachinhas) fiquem com uma cor bonita por mais tempo, evite grande consumo de coisas que possuem muito pigmento. E capriche na escovação e fio dental, conforme ensinado pelo seu dentista.
Pastas de dente com pigmento verde  também mancham.

Para as meninas um aviso: cuidado ao passar batom. O pigmento do batom pode manchar as ligaduras.

Visite a postagem "Tabelas de Cores para borrachinhas"  http://ortodontiaearte.blogspot.com.br/2014/07/tabelas-de-cores-das-borrachinhas.html

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Bruxismo

Entende-se por bruxismo o hábito parafuncional de ranger os dentes. Uma vez que nessas circunstâncias eles estão submetidos - assim como a estrutura ósseo e as articulações - a forças de intensidade muito superior  às exercidas durante a mastigação, caso não seja tratado adequadamente, o fenômeno pode ser responsável não só pelo desgaste ou fratura dos dentes  e/ou próteses, mas também por lesões do periodonto (tecidos que sustentam o dente), dores faciais e na região fronto-temporal. O bruxismo é também apontado como importante fator na etiologia da Disfunção Temporomandibular (DTM), provocando dores principalmente nos músculos da mastigação.


Qual a causa do bruxismo?
Muitas são as causas.  Fatores anatômicos, fisiológicos, neuromusculares e psicológicos. No caso dos fatores psicológicos, a literatura especializada aponta para o estresse do dia a dia, ou ao estresse provocado por qualquer tipo de problemas.


Há algum tempo os clínicos têm percebido um aumento na incidência dos relatos do ranger de dentes, nos levando a supor que - não sendo provável alguma alteração biológica que predisponha o ser humano, hoje mais do que ontem, ao quadro - deve haver na cultura contemporânea algo que exponha excessivamente o indivíduo comum a essa resposta. 

Derivado da palavra grega brychein que significa triturar ou ranger os dentes, o termo bruxismo foi utilizado pela primeira vez em 1907, por Marie e Pietkiewicz como la bruxomanie. 
Mas o sofrimento a que se refere é bíblico: "Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o às trevas exteriores. Ali haverá pranto e ranger de dentes".

A associação do bruxismo ao martírio e ao sofrimento mental é, então, muito antiga, possivelmente tão antiga quanto o medo, pressuposto indissociável do contato com as trevas. 
Temos então que buscar aquilo que aflige o ser humano, frente ao que se veja de pés e mãos atados, numa experiência de desamparo, buscando dar nome a essas trevas, sejam exteriores, como propunha Mateus (do Evangelho), ou internas, como objetos de indagações.

Todas as pessoas, em alguma etapa de sua existência, rangem os dentes.  A ocorrência de bruxismo noturno durante a vida de um paciente é altamente variável, relacionando-se com "eventos marcantes ou com períodos emocional ou fisicamente difíceis"


Considera-se que o bruxismo é muito dependente do estresse, e alguns indivíduos reagem ao estresse cm níveis mais elevados de tensão nos músculos da mastigação.  Alguns estudiosos do assunto dizem que o estresse diário mais o problema dentário (maloclusão) se refletem na atividade dos músculos durante o sono. Geralmente a ansiedade está associada ao bruxismo.

Diagnóstico
Como diagnosticar o bruxismo?
Geralmente  a maioria dos pacientes não se queixa de ter bruxismo, e alguns nem sabem que têm.  Geralmente o barulho noturno é notado por parte de alguém, que partilha o mesmo espaço. O dentista pode observar  "o bruxismo" à partir da observação do desgaste nas superfícies dentárias. Geralmente o paciente se queixa de de fadiga (cansaço) muscular facial, dor facial, ou cefaleia pela manhã. Por vezes, ainda, o paciente relata a percepção de acordar durante a noite com os dentes travados.

A POLISSONOGRAFIA  é importante instrumento nas pesquisas sobre o bruxismo. Pode confirmar o diagnóstico, sendo que a rápida identificação do quadro permite uma intervenção precoce com a minimização dos seus efeitos, mas, em razão da diversidade ds fatores envolvidos, o tratamento deve ser multidisciplinar. Como se sabe hoje, a cura do bruxismo é uma mera pretensão clínica, e maneira que qualquer proposta de compreensão poderá mostrar-se útil na elaboração de estratégias de tratamento.

Causas
O estresse é citado de maneira frequente como um suposto fator etiológico para o bruxismo. 
Estresse é um termo emprestado da física - no qual é associado à tensão e desgaste a que são submetidos os materiais. O termo foi proposto pelo endocrinologista Hans Selye, em 1936, para designar o estado de tensão que rompe o equilíbrio interno do organismo, ou a resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um indivíduo frente às pressões do mundo externo (ambientais, sociais, etc) ou do mundo interno (expectativas ou pretensões de diversas ordens). Tido como importante fator etiológico de doenças em geral, e relevante motivo para a busca aos profissionais de saúde, a OMS o tem considerado um dos males do século.

Alguns medicamentos também podem causar o bruxismo. Aliás, isso muitas vezes está explícito na bula:
-  fluoxetina
– sertralina
– paroxetina
– venlafaxina
– buspirona 

Uma observação interessante também é que o consumo excessivo de adoçantes (muitos anos, várias vezes por dia), pode produzir bruxismo.


Tratamento 
Aparelho ortodôntico fixo não é terapia para bruxismo, mas quando o paciente possui um problema grave de maloclusão, muitas vezes usando o aparelho o bruxismo tende a desaparecer. Não em todos os casos.

No caso do paciente estar tomando algum medicamento que provoque o bruxismo, deverá parar com esse medicamento ou então que esse remédio seja substiruído por outro menos danoso. Leia as bulas dos remédios que toma.

Rinite, resfriado, dores em qualquer parte do corpo também podem provocar um bruxismo  passageiro.  Nesses casos, após a cura do problema o bruxismo tende a desaparecer.

Pode ser usada uma placa para impedir que o ranger de dentes desgaste todos os dentes do paciente. O ideal é a placa de resina, que envolve todos os dentes da arcada. Mas atenção: A PLACA NÃO IRÁ "CURAR" SEU BRUXISMO, ela servirá somente para impedir o desgaste dos dentes. E deverá ser trocada ou reparada de tempos em tempos, pois pode apresentar "furos". O ideal será sempre tentar descobrir a causa desse ranger de dentes.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDnGNXKLVnzEU9xpYhP_1T0koyWrSQ7kh-BivpvthBBZ3olU3fhgEDRaOa4bKPHQRgBj1ZUNF5k0YmFXLC8-8HH-Owqbb5Db8ZD-lbkDh-cQeGzb5JcXjGiAe9ZaZdrookp6etkNMD3P0/s1600/trat010b%25255B1%25255D.jpg



Adaptado da Revista do CROMG - vol 12, n°1, jan-jun 2011

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Hepatite

Ouvi falar que se pode "pegar" hepatite com alicate de cutícula e até em consultório de dentista. É verdade?


Em primeiro lugar, vamos entender o que quer dizer a palavra "hepatite".
Hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, bactérias, agentes químicos como resíduos petroquímicos, uso de determinados medicamentos, álcool, drogas, chás ou ainda por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. No Brasil, o que temos de mais comum são as hepatites virais que recebem o nome de acordo com o vírus que as causam. Atualmente temos a hepatiteA, a B, C, D e E.


Hepatite A - É autolimitada e de caráter benigno, ocorrendo apenas na forma aguda e com raras complicações. O paciente com hepatite A pode se recuperar completamente eliminando o vírus  de seu organismo em até 6 meses.
Transmissão: O vírus A é transmitido pela ingestão de alimentos com água contaminada com resíduos fecal  humano e também pelo contato interpessoal (via oral-fecal).
Prevenção: Consumo de água de boa procedência, medidas de saneamento básico e frutas, verduras e legumes bem lavados. Evitar aglomerações e compartilhamentos de copos e talheres. Existe vacina para hepatite A, mas não está disponível de forma ampla o sistema público de saúde. Apenas nos Centros de Referências Imunológicos Especiais.
Tratamento: Como a hepatite A não causa muita agressão ao fígado, é curável e o tratamento é apenas de suporte, indicado de acordo com a saúde do paciente.


 Hepatite B - Apresenta tanto a forma aguda quanto a crônica. No caso da crônica, o vírus fica no organismo por mais de 6 meses. Se evoluir para crônica, pode causar danos graves ao fígado, como cirrose e câncer. Entre adultos infectados, 5 a 10% evoluem para a forma crônica da doença.
Transmissão:è considerada doença sexualmente transmissível (DST), pois o vírus HB é transmitido preferencialmente por essa via, já que é bem adaptada a essa transmissão: se concentra no sêmem e pode viver por muitos dias no ambiente vaginal.
Também pode ser transmitido de mãe para filho, na gestação, parto ou amamentação (via vertical). Nesse tipo de transmissão a chance de cronificação pode chegar a 90% com maior risco de evolução para cirrose e hepato carcinoma em fase precoce da vida.
É possível também a transmissão por:
- instrumentos pérfuro cortantes ( em instrumentos contaminados em hospitais, médicos e dentistas)
-compartilhamento de objetos de higiene pessoal, tais como:
 1. escovas de dente
                                                                                                    
 2. alicates de unha
                                                                                                    
 3. tesouras de unha
                                                                                                     
4. lâminas de barbear
                                                                                                    
 5. tintas e agulhas de tatuagem 

Prevenção: Sexo seguro ( com preservativos) e assepsia. Não compartilhamento de instrumentos pérfuro cortantes (seringas, p. ex.). É também importante o rastreamento da gestante para hepatite B no pré-natal, visando adotar as medidas pertinentes para prevenir infecção do recém nascido.
A hepatite B tem vacina, aplicada em 3 doses, muito eficaz e disponível nas redes de saúde.
Tratamento: Está indicado de acordo com o estado do paciente, mas além dos medicamentos, deve contemplar uma dieta de fácil digestão e sorte do consumo de bebidas alcoólicas por 6 meses, pelo menos.
A hepatite B não tem cura, mas se o diagnóstico for feito precocemente, e a resposta do paciente for boa, é possível controlar a replicação do vírus, evitando que o fígado seja agredido e ocorram complicações. Todos os medicamentos para a hepatite B estão disponíveis na rede pública, mas seu uso depende das diretrizes brasileiras para tratamento das hepatites  virais.
Tratamento: Está indicado de acordo com o estado do paciente, mas além dos medicamentos, deve-se ter uma dieta de fácil disgestão e corte do consumo de bebidas alcoólicas por 6 meses pelo menos.
A hepatite B não tem cura, mas se o disgnóstico for feito precocemente e a resposta do paciente for boa, é possível controlar a replicação do vírus, evitando que o fígado seja agredido e ocorram complicações. Todos os medicamentos para hepatite B estão disponíveis a rede pública, mas isso depende das diretrizes brasileiras para tratamento das hepatites virais.

Hepatite C - A HC assim como a HB evolui silenciosamente para a forma crônica quando o vírus não é eliminado de pois de 6m, o que acontece em 80% dos casos.
Nesse caso pode causar agressão ao fígado com potencial para o desenvolvimento de cirrose e câncer de fígado.
Transmissão: Também transmitida por via sexual, mas essa forma é mais rara. A mais comum é a parenteral, através do compartilhamento de pérfuros-cortantes ou de higiene pessoal contaminado pelo sangue do portador: agulha, instrumento cirúrgico, escovas de dente, alicate, lâminas de barbear., etc
A transmissão também é possível de mãe para filho durante a gestação, parto e amamentação.
Prevenção: Correta assepsia e não compartilhamento de instrumentos pérfuro cortantes (p.ex. seringas). Nos serviços de saúde deve ser usado material descartável. Além disso é importante o uso de preservativos nas relações sexuais e o ratreamento da gestante para hepatite pré-natal, visando adotar medidas para prevenir a transmissão para o bebê. A hepatite C não tem vacina.
Tratamento:  Quando a inflamação hepática evolui para a forma crônica, o tratamento pode ser complexo e, além dos medicamentos dependerá da realização dos exames específicos como biópsia hepática e de biologia molecular. As chances de cura variam de 50% a 80% dos casos.

Hepatite D - O vírus da hepatite D ou Delta é um problema muito comum na Amazônia e só atinge pacientes portadores do vírus do  HB pois ele parasita o vírus B. A contaminação pelos 2 vírus também pode acontecer ao mesmo tempo. A hepatite Delta, assim como a B ou C pode evoluir tanto para a forma aguda quanto crônica da doença, havendo risco e danos sérios ao fígado.
Transmissão: As formas de transmissão são as mesmas, das hetatites B e C: por via sexual, sanguínea e de mãe para filho.
Prevenção: Uso de preservativos, assepsia, e não compartilhamento de instrumentos pérfuro cortantes e de objetos de higiene pessoal, testagem da gestante e se for portadora, encaminhar e orientar sobre o tipo de parto e não amamentação até que a criança tome a primeira dose de vacina de hepatite B.
Tratamento: Depende do tratamento da hepatite B, com medicação, alimentação menos gordurosa e não consumo de bebida alcoólica, pelo menos pelo período de 1 ano. O paciente contaminado pelos 2 vírus no mesmo momento tem mais chances de se recuperar completamente.


Hepatite E - É a hepatite viral menos comum no Brasil. É também autolimitada e se apresenta apenas na forma aguda, mas pode apresentar formas clínicas graves, principalmente em gestantes. O paciente com hepatite E pode se recuperar completamente eliminando o vírus de seu organismo em até 6m.
Transmissão: O vírus E é transmitido pela ingestão de alimentos ou água contaminada com resíduo fecal humano (via oral fecal). Pelo contato interpessoal também é possível, mas não é comum.
Prevenção: Consumo de água de boa procedência, medidas de saneamento básico, frutas, verduras e legumes bem lavados e mariscos e frutos do mar bem cozidos pois podem concentrar partículas virais no tubo digestivo. Evitar aglomerações e compartilhamento de copos e talheres.
Tratamento: Geralmente não requer tratamento sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas e recomendado repouso e dieta pobre em gorduras.
A internação somente é indicada em quadros clínicos.


Respondendo então a pergunta logo no início do texto: "É  possível "pegar" hepatite no dentista e com alicate de unha?"

Conforme visto no texto, é possível "pegar" hepatite através de instrumentos pérfuro cortantes. Por aí se entende que todo material deve ser esterilizado, tais como agulhas, seringas, alicates de cutícula, agulhas de tatuagem e mesmo restos de tinta podem estar contaminados ( se reutilizados). Alicates e cutícula, tesouras, compartilhamento de escovas de dentes, lâminas de barbear, são fontes de contaminação. O sexo deve ser seguro. Beijo e sexo oral podem transmitir hepatite.